A Exponencialização
da Língua
Veja o Conhecimento
(Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e
Matemática), aí a pontescada tecnocientífica, depois a pontescada científica
(Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5,
Dialógica/p.6) como o caminho para se atingir a perfeição do Diálogo de Mundo,
justamente na Dialógica/p.6, donde SE FALA novamente o Desenho de Mundo. Ao
chegar na Psicologia/p.3 estamos aperfeiçoando o FALAR como PESSOAS (indivíduos,
famílias, grupos, empresas) e AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e
mundos), esperando chegar mais além, na macropirâmide.
Como já disseram
(erradamente) do gene egoísta, que tudo existe unicamente para que o gene possa
se montar, com mais razão diríamos, se fosse certo, que tudo existe para a
montagem da Língua geral.
Repare que desde
quando o ADÃO Y e a EVA MITOCONDRIAL surgiram, em tempos e espaços próximos na
África de 200 mil anos passados e deram origem ao homo sapiens SAPIENS, essa
supersabedoria do gênero homem derivou quase que exclusivamente da Língua, que
é a fita de herança psicológica por excelência.
O que houve de novo
neles foi irem além do gestual dos neandertais, foi poderem acumular os
produtos da língua (palavras, frases, conceitos) FORA DE SI, como palavras
memorizáveis. Como para os sentidos, há dois lados da língua, o lado interno e
o lado externo, quer dizer, a língua é externinterna, há um aparelho fonador na
boca e no pulmão, e há uma língua no cérebro, ocupando uma porção dele nas
áreas de Broca. Quer através dos gestos, como os surdos mudos na linguagem de
sinais, quer por meio de palavras, é sempre essa dupla dimensão que fala e
permite a COMUNIDADE DOS CONCEITOS e a progressão desses, sua complexificação,
que irá dar-se, então, pelo crescimento das pessoas e dos ambientes na
mesopirâmide. Tal comunidade conceitual permitiu o crescimento da civilização,
que vai além da sociedade, mero ajuntamento. Possibilitou o aparecimento das
elites CONCEITUAIS e com isso a acumulação da riqueza. O primeiro banco é a
palavra.
Então, a Língua veio
montando-se nos últimos 50 mil anos, especialmente nos 10 mil mais recentes. A
partir da invenção da escrita há 5,5 mil anos a exponencialização tornou-se
muito mais aguda. Ainda não estudamos as taxas desse crescimento, que se
confunde com o próprio poder humano.
Vitória,
segunda-feira, 30 de junho de 2003.
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