quinta-feira, 30 de março de 2017


Decisões do Coração

 

                            No modelo a Economia é composta de agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio e serviços e no centro de bancos, que são bombeadores de informação-controle (ou comunicação), constituindo-se no coração do sistema, porque o dinheiro ou recursos constituem o sangue que vai alimentar através das artérias as células do corpo socioeconômico. Os bancos são a BOMBA FINANCEIRA do sistema.

                            Tudo flui DOS (artérias distributivas) e PARA (veias recolhedoras) OS BANCOS, que são os roteadores do info-controle ou IC, dizendo quem, por quê, com quê, como e quandonde vai receber os influxos, consoante a Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias) geral dos AMBIENTES (mundo, nações, estados e municípios/cidades) e das PESSOAS (empresas, grupos, famílias e indivíduos), as pessoambientes, os governempresas, as políticadministrações. Como eles avaliam essa distribuição, se têm consciência dela?

                            Eles não sabem disso, ninguém sabe perfeitamente, até porque o modelo não é conhecido - mas os banqueiros (proprietários) e os bancários (empregados) estão no centro mesmo, onde são tomadas as decisões de como orientar as pulsações desse coração crucial. Quem são eles, o que fazem, o que pretendem, como percebem o mundo? Tudo isso nos interessa, pois os bancos constituem a bomba que projeta o sangue socioeconômico que vai oxigenar, gerar atividades nas extremidades celulares ou dos conjuntos todos. Se mandam DEMAIS ou DE MENOS isso prejudica as atividades e nós estamos interessadíssimos na percepção e controle dessa capacidade ímpar, a que, todavia, o governo federal brasileiro quer renunciar, deixando o Banco Central (leia-se CORAÇÃO CENTRAL) tornar-se in-dependente, autônomo, ficando exclusivamente a cargo da temida consciência pessoal (que pode tornar-se personalista, sendo todo “ismo” doença do info-controle mais apto, agoraqui a humanidade – “o poder corrompe, o poder corrupto corrompe absolutamente”, dizem os ingleses, lembre-se) dizer para onde vai o sangue que nos alimenta.

                            Queremos saber no mundo e em cada nação QUANTOS SÃO e COMO OPERAM todos e cada um dos bancos. Essa coisa fica oculta da humanidade, fica escondida, fechada literal e metaforicamente a sete chaves, de modo que quase todos quase tudo não sabem sobre eles. É um dos segredos mais bem guardados. A mídia (TV, Revista, Jornal, Livro, Internet, Rádio e Jornal) quase não toca neles, o ensinaprendizado não trata dele, ficamos às escuras, totalmente dependentes de uma ou outra notícia que vaza.

                            Entretanto, depende deles quanto sangue S/E vai atingir os conjuntos, em que ritmo, como será emprestado o dinheiro lubrificante e energético de todo movimento do grande corpomente mundial. Que atividades florescerão e quais minguarão por falta de recursos? Que idéias receberão apoio e quais ficarão à mercê? Quais são, se existem, os critérios objetivos, constitucionais, das operações bancárias? Quem garante que os donos do dinheiro terão isenção no tratamento com a coletividade (ambiental) e a individualidade (pessoal)? Quem pode afirmar que os melhores propósitos serão estimulados? Quanta subjetividade e má vontade estrutural (conceito civilizatório) ou formal (de imagem) terão os agentes dos bancos?

                            Por ser atividade tão central é urgentíssimo investigar os bancos a fundo, agora que compreendemos perfeitamente sua dimensão fundamental, isto é, de fundamento mesmo da civilização.

                            Vitória, quarta-feira, 29 de outubro de 2003.

Nenhum comentário:

Postar um comentário