segunda-feira, 27 de março de 2017


O Que é a Riqueza?

 

                            OS ÍNDICES OU APONTAMENTOS DA RIQUEZA

·        Distanciamento dos ricos e médios-altos em relação aos pobres e miseráveis, quer dizer, separação em dois supersegmentos, elites e povo (não é só afastamento na riqueza do TER, mas em todos os modos de enriquecer, até do saber);

·        Perseguição de meta impossível (pois a riqueza é relativa, ela não é absoluta como a pobreza, que é índice de não-ter; você sempre pode ter mais e isso tira o sossego de outro modo);

·        É ficar permanentemente vigilante em relação aos aproveitadores, que podem estar cercando para tomar o que é seu;

·        É ter de manter-se à frente (como no Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, onde a Rainha diz: “precisamos correr sempre para ficarmos onde estamos”, ou algo assim);

·        Candidatar-se à observação contínua e insistente dos fotógrafos, etc.

Coisas boas também, pois o modelo fala da soma zero, dos dois lados, dos pares polares de opostos/complementares, de prazer e dor.

Acontece que a Academia, mais uma vez, “marcou touca”, como diz o povo, “marcou bobeira”, esqueceu-se de uma importante definição, porque se soubermos como são e porque são os ricos, saberemos também os artifícios que usam para manter-se ricos, o que seria ótimo para a classe opositora, a pobre generalizada. Se soubermos os artifícios do enriquecimento poderemos preparar-nos para eles, poderemos fazer-lhes frente, apoiando o que for favorável e recusando o que for ilícito e desgracioso.

É do maior significado fazer livros, preparar teses de mestrado e doutorado mostrando a riqueza e os diversos processos lícitos e ilícitos de enriquecimento, e os favores de classe.

Vitória, terça-feira, 21 de outubro de 2003.

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