O Que é a Riqueza?
OS ÍNDICES OU APONTAMENTOS DA RIQUEZA
·
Distanciamento
dos ricos e médios-altos em relação aos pobres e miseráveis, quer dizer,
separação em dois supersegmentos, elites e povo (não é só afastamento na
riqueza do TER, mas em todos os modos de enriquecer, até do saber);
·
Perseguição
de meta impossível (pois a riqueza é relativa, ela não é absoluta como a
pobreza, que é índice de não-ter; você sempre pode ter mais e isso tira o
sossego de outro modo);
·
É
ficar permanentemente vigilante em relação aos aproveitadores, que podem estar
cercando para tomar o que é seu;
·
É
ter de manter-se à frente (como no Alice
no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, onde a Rainha diz: “precisamos
correr sempre para ficarmos onde estamos”, ou algo assim);
·
Candidatar-se
à observação contínua e insistente dos fotógrafos, etc.
Coisas boas também, pois o modelo fala
da soma zero, dos dois lados, dos pares polares de opostos/complementares, de
prazer e dor.
Acontece que a Academia, mais uma vez,
“marcou touca”, como diz o povo, “marcou bobeira”, esqueceu-se de uma
importante definição, porque se soubermos como são e porque são os ricos,
saberemos também os artifícios que usam para manter-se ricos, o que seria ótimo
para a classe opositora, a pobre generalizada. Se soubermos os artifícios do
enriquecimento poderemos preparar-nos para eles, poderemos fazer-lhes frente,
apoiando o que for favorável e recusando o que for ilícito e desgracioso.
É do maior significado fazer livros,
preparar teses de mestrado e doutorado mostrando a riqueza e os diversos
processos lícitos e ilícitos de enriquecimento, e os favores de classe.
Vitória, terça-feira, 21 de outubro de
2003.
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