Colunistas
Há tanto coisa admirável
no mundo que é mais interessante pensar como não vimos do que ter visto.
Por exemplo, os
colunistas escrevem nos jornais. Mais recentemente, de décadas atrás para
frente nos EUA e antes ainda na Europa críticos de livros, de filmes, de todo
tipo de coisa - empregados; articulistas pagos; colunistas como Roberto Garcia
Simões, que publica em A Gazeta toda
quarta; colaboradores a título gratuito, um mundo de gente trabalha nos
jornais, desde os das grandes capitais até os de micro-cidades do interior;
desde jornais com tiragens que passam os 30 milhões por dia até outros que são
na realidade mensais e publicam algumas centenas por mês.
Mas não houve na mídia
(TV, Revista, Jornal, Livro/Editoria, Rádio e Internet) maior quem se
interessasse por abordar os colunistas enquanto fenômeno AMBIENTAL (mundial,
nacional, estadual, municipal/urbano) e como PESSOAS (empresas, grupos,
famílias, indivíduos) que possibilitam as colunas.
Qual é a sua base
informativa (como se informam)? Que gênero de controle pretendem? Quais os seus
interesses ideológicos ou políticos-partidários? A que filosofia
governempresarial servem? Qual é o conteúdo preferencial de suas colunas, por
colunista e por grupo? A Academia (universidades, institutos, Academia
Brasileira de Letras) deveria estar analisando isso, mas como sempre perdeu o
trem da geo-história.
É do maior interesse
saber que papel cumprem na civilização, como a empurram adiante ou a retardam.
O que pretendem quando se candidatam a tantos milhares de leitores? Qual é seu
poder de influenciar e formar opiniões? Quanto respeito os governempresas têm
por eles? Há muitas perguntas a fazer e muitas teses de mestrado e doutorado
para construir.
Vitória, sábado, 25 de
outubro de 2003.
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