terça-feira, 28 de março de 2017


Colunistas

 

                        Há tanto coisa admirável no mundo que é mais interessante pensar como não vimos do que ter visto.

                        Por exemplo, os colunistas escrevem nos jornais. Mais recentemente, de décadas atrás para frente nos EUA e antes ainda na Europa críticos de livros, de filmes, de todo tipo de coisa - empregados; articulistas pagos; colunistas como Roberto Garcia Simões, que publica em A Gazeta toda quarta; colaboradores a título gratuito, um mundo de gente trabalha nos jornais, desde os das grandes capitais até os de micro-cidades do interior; desde jornais com tiragens que passam os 30 milhões por dia até outros que são na realidade mensais e publicam algumas centenas por mês.

                        Mas não houve na mídia (TV, Revista, Jornal, Livro/Editoria, Rádio e Internet) maior quem se interessasse por abordar os colunistas enquanto fenômeno AMBIENTAL (mundial, nacional, estadual, municipal/urbano) e como PESSOAS (empresas, grupos, famílias, indivíduos) que possibilitam as colunas.

                        Qual é a sua base informativa (como se informam)? Que gênero de controle pretendem? Quais os seus interesses ideológicos ou políticos-partidários? A que filosofia governempresarial servem? Qual é o conteúdo preferencial de suas colunas, por colunista e por grupo? A Academia (universidades, institutos, Academia Brasileira de Letras) deveria estar analisando isso, mas como sempre perdeu o trem da geo-história.

                        É do maior interesse saber que papel cumprem na civilização, como a empurram adiante ou a retardam. O que pretendem quando se candidatam a tantos milhares de leitores? Qual é seu poder de influenciar e formar opiniões? Quanto respeito os governempresas têm por eles? Há muitas perguntas a fazer e muitas teses de mestrado e doutorado para construir.

                        Vitória, sábado, 25 de outubro de 2003.

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