Lógica dos Sítios
Ao contrário do que
dizem os idiotas o senso comum é muito bom, tanto assim que é ele que no fundo
vem garantindo a existência da humanidade, sua continuidade, pois é dele, desse
senso frágil do ponto de vista mais alto que depende a constituição da base.
Todos são minimamente dotados dele, dessa lógica que para as coisas elevadas
mostra-se fraca e insuficiente.
De forma que podemos
começar afirmando que as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e
por extensão os AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo) possuem
essa espécie de “radiação de fundo” lógica, essa capacidade de diálogo com o
mundo.
Se todos são podemos
dizer que também os webmasters, os mestres-de-WEB (Rede mundial de Internet)
também o são. Assim, os desenhos de páginas dos sítios ou sites (www; digamos, WWW.SEARP.ES.GOV.BR)
e os e-mails (j.gava13@hotmail.com)
são lógicos, mas de lógica muito baixa, porque se a dialética é, como a
pobreza, absoluta (ou somos capazes ou não), a lógica deve ser relativa e
crescente como a riqueza: podemos adquirir cada vez mais proficiência.
Pois bem, a esse
nível mais alto a lógica dos WM falha miseravelmente e nos deixa na mão, sem
podermos penetrar os sítios com a eficiência que gostaríamos. Deveriam ao menos
realizar enquetes, seções de perguntas públicas (ou privadas) que delineassem
pelo menos as expectativas maciças, se não as especializadas, da população. O
quê o povo e as elites ESPERAM VER, o que esperam alcançar ao visualizarem uma
página? Se há mil produtos e serviços não quero perder meu precioso tempo
procurando-os, quero ir direto ao fragmento buscado, como no dicionário a
seqüência alfabética nos permite logo de cada afastar 25 em 26 letras, ou mais
de 96 % dele, e assim sucessivamente, de modo que de 500 mil palavras dum
dicionário em inglês excluímos logo 475 mil (na suposição simplificadora de que
as letras estejam igualmente distribuídas; isso não será verdade – como em
tudo, vale a Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas: o A
talvez seja a letra com maior número de verbetes, não sei), ficando com apenas
25 mil. A seguir, na segunda separação, por exemplo, AB, cairíamos para 1.250
palavras, na terceira para 62, na quarta para três, onde acharíamos a palavra
buscada. Se tivéssemos de procurar numa distribuição aleatória perfeita de 500
mil palavras os dicionários seriam praticamente inúteis.
Daí que deveríamos
ter um RETÃNGULO DE BUSCA de produtos e serviços, como temos nas enciclopédias
e nos dicionários. Depois, valeria a pena a colocação de ícones ou retratos,
pois se diz que uma imagem vale por mil palavras. Palavrimagens, de
preferência, isto é, palavras associadas com imagens. O leão no Brasil é uma
imagem corriqueira para o imposto de renda; se um ícone assim aparecer no sítio
da Receita Federal certamente não pensaremos que se trata de baixar imagens de
leões e leoas ou de ver vídeos deles na selva, ou o que for.
A pergunta é esta:
como nos sítios atingir RAPIDAMENTE o objeto pretendido? Naturalmente, você
sabe, “rápido” é um conceito que está preso ao postulador, porque a velocidade
não é a mesma para cada observador; daí ser necessário estabelecer um espectro
de velocidades, oferecendo a máxima em sítios onde o tempo é mais precioso, por
exemplo, para cientistas e pesquisadores.
Como os sítios ou
pequenas fazendas da realidade os sítios virtuais dependem de elevação lógica.
Imagine se num sítio econômico você seguisse uma estrada que não desse na
residência ou na área de produção, mas estivesse delineada a esmo, levando aos
lugares mais imprevisíveis: você voltaria lá?
Vitória, sexta-feira,
24 de outubro de 2003.
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