quarta-feira, 29 de março de 2017


Lógica dos Sítios

 

                            Ao contrário do que dizem os idiotas o senso comum é muito bom, tanto assim que é ele que no fundo vem garantindo a existência da humanidade, sua continuidade, pois é dele, desse senso frágil do ponto de vista mais alto que depende a constituição da base. Todos são minimamente dotados dele, dessa lógica que para as coisas elevadas mostra-se fraca e insuficiente.

                            De forma que podemos começar afirmando que as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e por extensão os AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo) possuem essa espécie de “radiação de fundo” lógica, essa capacidade de diálogo com o mundo.

                            Se todos são podemos dizer que também os webmasters, os mestres-de-WEB (Rede mundial de Internet) também o são. Assim, os desenhos de páginas dos sítios ou sites (www; digamos, WWW.SEARP.ES.GOV.BR) e os e-mails (j.gava13@hotmail.com) são lógicos, mas de lógica muito baixa, porque se a dialética é, como a pobreza, absoluta (ou somos capazes ou não), a lógica deve ser relativa e crescente como a riqueza: podemos adquirir cada vez mais proficiência.

                            Pois bem, a esse nível mais alto a lógica dos WM falha miseravelmente e nos deixa na mão, sem podermos penetrar os sítios com a eficiência que gostaríamos. Deveriam ao menos realizar enquetes, seções de perguntas públicas (ou privadas) que delineassem pelo menos as expectativas maciças, se não as especializadas, da população. O quê o povo e as elites ESPERAM VER, o que esperam alcançar ao visualizarem uma página? Se há mil produtos e serviços não quero perder meu precioso tempo procurando-os, quero ir direto ao fragmento buscado, como no dicionário a seqüência alfabética nos permite logo de cada afastar 25 em 26 letras, ou mais de 96 % dele, e assim sucessivamente, de modo que de 500 mil palavras dum dicionário em inglês excluímos logo 475 mil (na suposição simplificadora de que as letras estejam igualmente distribuídas; isso não será verdade – como em tudo, vale a Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas: o A talvez seja a letra com maior número de verbetes, não sei), ficando com apenas 25 mil. A seguir, na segunda separação, por exemplo, AB, cairíamos para 1.250 palavras, na terceira para 62, na quarta para três, onde acharíamos a palavra buscada. Se tivéssemos de procurar numa distribuição aleatória perfeita de 500 mil palavras os dicionários seriam praticamente inúteis.

                            Daí que deveríamos ter um RETÃNGULO DE BUSCA de produtos e serviços, como temos nas enciclopédias e nos dicionários. Depois, valeria a pena a colocação de ícones ou retratos, pois se diz que uma imagem vale por mil palavras. Palavrimagens, de preferência, isto é, palavras associadas com imagens. O leão no Brasil é uma imagem corriqueira para o imposto de renda; se um ícone assim aparecer no sítio da Receita Federal certamente não pensaremos que se trata de baixar imagens de leões e leoas ou de ver vídeos deles na selva, ou o que for.

                            A pergunta é esta: como nos sítios atingir RAPIDAMENTE o objeto pretendido? Naturalmente, você sabe, “rápido” é um conceito que está preso ao postulador, porque a velocidade não é a mesma para cada observador; daí ser necessário estabelecer um espectro de velocidades, oferecendo a máxima em sítios onde o tempo é mais precioso, por exemplo, para cientistas e pesquisadores.

                            Como os sítios ou pequenas fazendas da realidade os sítios virtuais dependem de elevação lógica. Imagine se num sítio econômico você seguisse uma estrada que não desse na residência ou na área de produção, mas estivesse delineada a esmo, levando aos lugares mais imprevisíveis: você voltaria lá?

                            Vitória, sexta-feira, 24 de outubro de 2003.

Nenhum comentário:

Postar um comentário