terça-feira, 28 de março de 2017


3Radar

 

                        Olhando um filme na TV paga Werner, Efeito Black-out, que trata de desastre de aviões em virtude de pane no ventilador que esfria o radar, pensei que a tela é plana, quando poderia ser tridimensional.

                        O que poderíamos fazer, nesse sentido?

                        Deveríamos cobrir o semicírculo, que tem 180º (graus) x 60’/º (minuto por grau) x 60”/’ (segundo por minuto) de arco = 648 mil segundos de arco. Como a nossa unidade de tempo é o segundo deveríamos ter essa quantidade de pulsos por segundo, de modo a cobrir num segundo cada segundo de arco. Para compor telas com movimento são necessários 25 quadros por segundo, de forma que passamos a 25 x 648 mil = 16,2 milhões de pulsos por segundo.

                        Isso perfaz somente um plano, que apareceria porque ao girar rapidamente os cento e oitenta graus o virtual daria em tela o real visto por olhos humanos. Observe que agora temos dois planos ortogonais. Se eles deitarem de um lado para o outro cobrirão toda a hemisfera, cada um, fazendo duas hemisferas que se justapõe ponto-a-ponto.

                        A MULTIPLICAÇÃO

·         Primeiro plano = 16,2 milhões de pulsos/segundo

·         Segundo plano = 16,2 milhões de pulsos/segundo

·         Primeira hemisfera = 648 mil p/s

·         Segunda hemisfera = 648 mil p/s

Por quê duas? Uma só não bastaria? Sim, bastaria, mas precisamos de segurança.

RESULTADO

·         Primeira HE densa: 16,2 milhões x 648 mil = 1,05. 1013 pontos ou pixels;

·         Segunda hemisfera densa = 16,2 milhões x 648 mil = 1,05. 1013 pixels;

·         No total = 2,1. 1013 pixels a tratar no computador por segundo.

Antes não havia nada que pudesse processar tal quantidade de informação, mas agora há. Observe que veremos os objetos de baixo e de lado. Para objetos fabricados pelos humanos planos de fundo podem permitir leitura precisa a partir de referências (cada objeto deveria ter um desenho característico identificador), mas outros objetos seriam mais difíceis de ver, exceto pássaros, que revoluteiam no espaço, isto é, mudam de posição, permitindo integração computacional.

Esse novo Radar 3D (tridimensional) deveria ficar numa torre alta, de modo a ficar acima de montanhas e construções. Por outro lado, como não podem ficar os dois exatamente juntos, devendo distar um tanto, isso pode ser transformado de desvantagem em vantagem para ler outras ondas, digamos as de calor que chegam espontaneamente, mostrando o interior dos objetos. Aliás, como os objetos emitem constantemente ondas de rádio, se elas puderem ser lidas esse giro dos pratos das parabólicas receptoras pode ser ajustado para ler a conformação interna (por si só este seria um outro tipo de radar).

Note que os dois ponteiros duplo-giratórios de cada torre estariam enviando ondas de radar a enormes velocidades; elas iriam ricochetear e ao voltar seriam lidas pelos computadores, que então montariam os cenários 3D.

Vitória, sábado, 25 de outubro de 2003.

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