quarta-feira, 1 de março de 2017


60 Anos de Paz

 

                            Com terem jogado as duas bombas atômicas em Nagasaki e Hiroshima, no Japão, em 1945, os EUA inauguraram naquele país esse período de paz que já dura 60 anos, seis décadas inigualáveis de crescimento interno e externo (através de empréstimos que estão em toda parte, especialmente nos EUA).

                            Esses 60 anos são duas gerações de tranqüilidade, que poucos países mais antigos (os da América Latina quase não conhecem guerras entre eles ou contra outros países do mundo, fora a Argentina, que foi estúpida nisso também, na questão das Malvinas) puderam desfrutam. O Japão, então, era palco interno constante de conflitos, e externamente a partir da Restauração Meiji de 1868 empenhou-se em várias guerras de agressão e conquista (com a Rússia e a China as mais notáveis).

                            Então, por 60 anos, o Japão não precisou se preocupar com mais nada, relativamente, pois sua defesa externa ficou a cargo dos EUA. O valor que isso teve é até incompreensível e gerou com toda certeza um novo cenário no Oriente. Diferentemente de seus vizinhos, como Rússia, China, Coréias, Sudeste Asiático e demais moradores da região, o Japão não precisou verdadeiramente gastar recursos em armas e na manutenção de forças armadas, exceto mais recentemente, e nunca em armas nucleares. Não despendeu bilhões de dólares.

                            Seu povo e suas elites puderam se dedicar às tarefas de crescimento e a acharem seu lugar no mundo. Não aconteceram terremotos políticos, foi tudo tranqüilidade durante seis décadas, para adultos e crianças que vieram de trás, confiantes no futuro como nunca.

                            O que isso representa em termos de dignidade interna? A Academia não raciocinou sobre isso.

                            Vitória, quinta-feira, 17 de julho de 2003.

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