60 Anos de Paz
Com terem jogado as
duas bombas atômicas em Nagasaki e Hiroshima, no Japão, em 1945, os EUA
inauguraram naquele país esse período de paz que já dura 60 anos, seis décadas
inigualáveis de crescimento interno e externo (através de empréstimos que estão
em toda parte, especialmente nos EUA).
Esses 60 anos são
duas gerações de tranqüilidade, que poucos países mais antigos (os da América
Latina quase não conhecem guerras entre eles ou contra outros países do mundo,
fora a Argentina, que foi estúpida nisso também, na questão das Malvinas)
puderam desfrutam. O Japão, então, era palco interno constante de conflitos, e
externamente a partir da Restauração Meiji de 1868 empenhou-se em várias
guerras de agressão e conquista (com a Rússia e a China as mais notáveis).
Então, por 60 anos,
o Japão não precisou se preocupar com mais nada, relativamente, pois sua defesa
externa ficou a cargo dos EUA. O valor que isso teve é até incompreensível e
gerou com toda certeza um novo cenário no Oriente. Diferentemente de seus
vizinhos, como Rússia, China, Coréias, Sudeste Asiático e demais moradores da
região, o Japão não precisou verdadeiramente gastar recursos em armas e na
manutenção de forças armadas, exceto mais recentemente, e nunca em armas
nucleares. Não despendeu bilhões de dólares.
Seu povo e suas
elites puderam se dedicar às tarefas de crescimento e a acharem seu lugar no
mundo. Não aconteceram terremotos políticos, foi tudo tranqüilidade durante
seis décadas, para adultos e crianças que vieram de trás, confiantes no futuro
como nunca.
O que isso
representa em termos de dignidade interna? A Academia não raciocinou sobre
isso.
Vitória,
quinta-feira, 17 de julho de 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário