terça-feira, 28 de março de 2017


Um CD de Enganações

 

                        Sei que um CD (700 Mb) não basta para conter todas as enganações dos governempresas, mas mesmo assim a seleção e re-seleção dos casos mais notáveis permitirá através de um apanhando criterioso a observação detalhada do empenho humano em enganar.

                        Das PESSOAS (indivíduos e famílias como pessoas físicas naturais; grupos e empresas como pessoas jurídicas, ou pessoas físicas artificiais) e dos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo) por sua tríplice representação pelos políticos do Legislativo, pelos governantes do Executivo, pelos juizes do Judiciário, devemos ter uma amostragem bastante substancial dos enganos, das burlas, das insídias, dos enrolos em que nos meteram aqueles de lá.

                        A Academia (universidades e institutos) dorme, o que me irrita profundamente. Ela não se toca da necessidade de contrastar a dependência burguesa dos artifícios, dos subterfúgios que nas brechas das leis empurram as incorreções, com a imposição extraclasse das restrições muito duras que se imputa AOS OUTROS, aos operários e aos opositores em geral, na totalidade ao povo (pobres e miseráveis, no conjunto no Brasil 80 % da população).

                        Que caminhos a burguesia tem seguido quando se confronta com o ACORDO GERAL que deveria ser lei de todos? Como ela escamoteia o compromisso coletivo de obediência? Ora, todas as formas grupais e empresariais de enganar, de que os jornais estão cheios (nestes tempos de desnudamento, especialmente no ES), todos os típicos desacertos dos três poderes, pelos seus representantes, eleitos ou não, SÃO ÍNDICES OU INDICADORES DE DESCONFIANÇA, de falta de confiança deles em relação a 80 % dos brasileiros – uma liberdade indevida que não é conveniada, que não vem de convênio ou de acerto da totalidades das gentes brasileiras, vem de parte dela, 20 %, e assim mesmo não de todos, pois há entre eles os honestos.

                        Falsificação do peso ou da qualidade dos produtos, aumento unilateral de preços, com apossamento precipitado e indevido do alheio, roubo deslavado, sonegação de tributos, todo tipo de bandidagem da parte das empresas; desvio de verbas, “caixinhas” na realização de obras encomendadas, tráfico de influência, venda de leis da parte dos representantes. É preciso retratar tudo isso o quanto antes, bem como as tapeações na confecção das tecnartes. Um amplo espectro de todo tipo de desvio deve ser mostrado.

                        Vitória, quinta-feira, 16 de outubro de 2003.

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