Redefinição das
Classes do TER
Tradicionalmente as
classes do TER ou da riqueza são definidas como A, B e C ou A, B, C e D, nisso
coincidindo com os ricos, médios-altos, médios-baixos (pobres) e miseráveis.
Segui os demais e vinha até ontem me expressando assim, embora o modelo fale de
cinco classes, duas à esquerda e duas à direita saindo de um centro, de onde
tudo emerge.
Assim, teríamos
classes D, C, 0, B e A (miseráveis, pobres ou médios-baixos, médios,
médios-altos e ricos), ou -2, -1, 0, 1 e 2, desde o não-ter até o ter demais.
Isso permitiria segmentar a Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições
Estatísticas em cinco porções de 20 % de área, englobando contingentes iguais
da população, mas retendo porções desiguais da renda. Se a proposta for aceita,
deveremos revisar o passado, revendo as estatísticas, redefinindo-as. Com que
proveito?
Se a grupalização em
cinco conjuntos somar B + 0 + C como uma só, teremos aquelas três iniciais, A,
0, D, um supergrupo no centro (60 %) e duas extremidades pequenas (20 % cada),
que são minoria, e deveriam idealmente obedecer ao centro na condução das
coisas nacionais ou locais, ou em qualquer conjunto PESSOAL (indivíduos,
famílias, grupos, empresas) ou AMBIENTAIS (municípios/cidades, estados, nações,
mundos). Um primeiro serviço, então, é mostrar quem deve mandar e quem deve
obedecer, tratando-se de maiorias e de minorias, no estilo 5 x 3. Isso mostra
logo para quem deve funcionar a democracia e a que conjuntos interessa a união
em prol do serviço conjunto, pois esquerda e direita, estando próximas do
centro, podem se juntar para derrotar os superfavores à ultraesquerda (extrema
esquerda) e à ultradireita (extrema direita), que em geral desestabilizam.
Depois, o modelo
subdivide cada conjunto em outros quatro (ou cinco), de modo que teríamos,
digamos, BD, BC, B0, BB e BA, o que permite montar 5 x 5 = 25 grupos de
interesses, uma partição extremamente precisa, para efeitos de imposto de renda
e reconhecimento de hábitos, bem como para mostrar como o trânsito social é na
realidade lentíssimo para a maior parte da população. Com 25 tons para cinco
cores poderíamos ver onde se dirigem nos mapas geográficos as preferências, as
cores permitindo rastrear as decisões isoladas dos conjuntos, o que seria um
poderoso auxílio para os geo-historiadores. Saltando escalas populacionais
poderíamos sair do nível de casa para quadra, bairro, cidade, município,
estado, nação e mundo.
Vitória,
quinta-feira, 16 de outubro de 2003.
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