segunda-feira, 27 de março de 2017


Redefinição das Classes do TER

 

                            Tradicionalmente as classes do TER ou da riqueza são definidas como A, B e C ou A, B, C e D, nisso coincidindo com os ricos, médios-altos, médios-baixos (pobres) e miseráveis. Segui os demais e vinha até ontem me expressando assim, embora o modelo fale de cinco classes, duas à esquerda e duas à direita saindo de um centro, de onde tudo emerge.

                            Assim, teríamos classes D, C, 0, B e A (miseráveis, pobres ou médios-baixos, médios, médios-altos e ricos), ou -2, -1, 0, 1 e 2, desde o não-ter até o ter demais. Isso permitiria segmentar a Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas em cinco porções de 20 % de área, englobando contingentes iguais da população, mas retendo porções desiguais da renda. Se a proposta for aceita, deveremos revisar o passado, revendo as estatísticas, redefinindo-as. Com que proveito?

                            Se a grupalização em cinco conjuntos somar B + 0 + C como uma só, teremos aquelas três iniciais, A, 0, D, um supergrupo no centro (60 %) e duas extremidades pequenas (20 % cada), que são minoria, e deveriam idealmente obedecer ao centro na condução das coisas nacionais ou locais, ou em qualquer conjunto PESSOAL (indivíduos, famílias, grupos, empresas) ou AMBIENTAIS (municípios/cidades, estados, nações, mundos). Um primeiro serviço, então, é mostrar quem deve mandar e quem deve obedecer, tratando-se de maiorias e de minorias, no estilo 5 x 3. Isso mostra logo para quem deve funcionar a democracia e a que conjuntos interessa a união em prol do serviço conjunto, pois esquerda e direita, estando próximas do centro, podem se juntar para derrotar os superfavores à ultraesquerda (extrema esquerda) e à ultradireita (extrema direita), que em geral desestabilizam.

                            Depois, o modelo subdivide cada conjunto em outros quatro (ou cinco), de modo que teríamos, digamos, BD, BC, B0, BB e BA, o que permite montar 5 x 5 = 25 grupos de interesses, uma partição extremamente precisa, para efeitos de imposto de renda e reconhecimento de hábitos, bem como para mostrar como o trânsito social é na realidade lentíssimo para a maior parte da população. Com 25 tons para cinco cores poderíamos ver onde se dirigem nos mapas geográficos as preferências, as cores permitindo rastrear as decisões isoladas dos conjuntos, o que seria um poderoso auxílio para os geo-historiadores. Saltando escalas populacionais poderíamos sair do nível de casa para quadra, bairro, cidade, município, estado, nação e mundo.

                            Vitória, quinta-feira, 16 de outubro de 2003.

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