quinta-feira, 30 de março de 2017


O Aprendizado da Liberdade

 

                            Francisco Daudt da Veiga publicou um livro de título extraordinário, O Aprendiz de Liberdade (São Paulo, Companhia das Letras, 2000), o que é motivo para mostrarmos que o aprendizado se dá em muitas frentes diferentes, tanto nas PESSOAIS (aprendizado individual, familiar, grupal e empresarial) quanto nas AMBIENTAIS (aprendizado municipal/urbano, estadual, nacional e mundial).

                            De fato, os pares polares opostos/complementares devem tocar todos os elementares e na verdade cada um dos outros pares.

                            Assim, a Chave do Labor (aprendizado operário, intelectual, financista, militar e burocrático) está fazendo o dever de casa? Diariamente as pessoas estão se conscientizando de que há um preço a pagar pela liberdade? De que ela não é absolutamente gratuita?

                            O modelo trouxe novas liberdades e responsabilidades. Sendo a distribuição na Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas tomada como (2,5 + 47,5 + 47,5 + 2,5) %, HÁ SEMPRE 2,5 % ou 1/40 tramando contra a liberdade. Mais ainda, como isso é permanente a dialética não apenas diz que não devemos trabalhar contra essa intenção como devemos até favorecê-la, sob pena de, agindo contra, provocarmos justamente sua intensificação. Por aí se vê que devemos até estimular esses trabalhadores da antiliberdade como único modo eficaz de desarmar suas conspirações. A liberdade traz sua própria cura, como a insistência antiga dos americanos na manifestação das opiniões têm demonstrado sobejamente.

                            Eis porque o aprendizado da liberdade é a coisa mais leve e doce, além de ser a mais atenta às pressões de fechamento. O aprendizado da liberdade, ensinaprendizado da liberdade, deve se dar em todas as instâncias pessoambientais em todo o espaçotempo geo-histórico da Terra. É o aprendizado mais sutil e mais cuidadoso que pode existir. Não se pode bolir impetuosamente com os AGENTES e SUJEITOS da liberdade, pois há essa dialética, essa lógica-dialética, esse DIÁLOGO DA LIBERDADE, que é travado diariamente em todos os lares, em todas as fábricas, em todos os lugares.

                            Não é fácil, não.

                            Vitória, domingo, 02 de novembro de 2003.

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