O Aprendizado da
Liberdade
Francisco Daudt da
Veiga publicou um livro de título extraordinário, O Aprendiz de Liberdade (São Paulo, Companhia das Letras, 2000), o
que é motivo para mostrarmos que o aprendizado se dá em muitas frentes
diferentes, tanto nas PESSOAIS (aprendizado individual, familiar, grupal e
empresarial) quanto nas AMBIENTAIS (aprendizado municipal/urbano, estadual,
nacional e mundial).
De fato, os pares
polares opostos/complementares devem tocar todos os elementares e na verdade
cada um dos outros pares.
Assim, a Chave do
Labor (aprendizado operário, intelectual, financista, militar e burocrático)
está fazendo o dever de casa? Diariamente as pessoas estão se conscientizando
de que há um preço a pagar pela liberdade? De que ela não é absolutamente
gratuita?
O modelo trouxe
novas liberdades e responsabilidades. Sendo a distribuição na Curva do Sino ou
de Gauss ou das Distribuições Estatísticas tomada como (2,5 + 47,5 + 47,5 +
2,5) %, HÁ SEMPRE 2,5 % ou 1/40 tramando contra a liberdade. Mais ainda, como
isso é permanente a dialética não apenas diz que não devemos trabalhar contra
essa intenção como devemos até favorecê-la, sob pena de, agindo contra,
provocarmos justamente sua intensificação. Por aí se vê que devemos até
estimular esses trabalhadores da antiliberdade como único modo eficaz de
desarmar suas conspirações. A liberdade traz sua própria cura, como a
insistência antiga dos americanos na manifestação das opiniões têm demonstrado
sobejamente.
Eis porque o
aprendizado da liberdade é a coisa mais leve e doce, além de ser a mais atenta
às pressões de fechamento. O aprendizado da liberdade, ensinaprendizado da
liberdade, deve se dar em todas as instâncias pessoambientais em todo o
espaçotempo geo-histórico da Terra. É o aprendizado mais sutil e mais cuidadoso
que pode existir. Não se pode bolir impetuosamente com os AGENTES e SUJEITOS da
liberdade, pois há essa dialética, essa lógica-dialética, esse DIÁLOGO DA
LIBERDADE, que é travado diariamente em todos os lares, em todas as fábricas,
em todos os lugares.
Não é fácil, não.
Vitória, domingo, 02
de novembro de 2003.
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