O Amor Subtraído na URSS
Quanto mais
raciocino mais me convenço de que o amor é a chave (é cognato na Rede Cognata,
veja Livro 2, Rede e Grade Signalíticas
– amor = CHAVE = SOL = HOMEM = PRIMEIRO = PRISIONEIRO, etc.) das construções,
quer dizer, sobre ser ele o ligativo ou conectivo ou unitivo dos elementares
todos é condição de melhor percebermos e fazermos, através da solução de
problemas ganhando mais alto, largo e profundo acesso ao futuro, na luta pela
sobrevivência apta diante dos perdedores, que são os que odeiam.
Assim sendo, se a
URSS sucumbiu em 1991 (Queda da URSS, inaugurando a Idade
Pós-Contemporânea), se a França tropeçou em 1789 (Queda da Bastilha,
surgimento da Idade Contemporânea), se Constantinopla rebentou-se em 1453 (Queda
de Constantinopla, início da Idade Moderna), se Roma esborrachou-se em
476 (Queda
do Ocidente, começo da Idade Média) foi porque faltou sempre amor e as
construções se separaram em seus tijolos, desmembraram-se seus hólons (idéia de
Koestler: de HOLO, todo, e ON, parte – partodo ou todoparte, como digo no
modelo), rompeu-se o cimento e as válvulas K partiram-se, deixando voltar ao
nível anterior de acumulação para, de certo modo, começar de novo – AQUELA
CONSTRUÇÃO NÃO PRESTOU.
Contudo, se Marx
tinha tão bons propósitos, por quê falhou?
Falhou - eu creio -
porque Marx (Karl, judeu prussiano, 1818 a 1883) começou pelo lado do ódio,
porque começou odiando as burguesias. Não que as burguesias não sejam odiáveis
e de modo algum não que Marx estivesse errado em detestá-las, por tudo que elas
fizeram de horrível e deplorável até o tempo dele e depois dele, desde o meio
de sua vida (em 1850), nesses mais de 150 anos acumulando terrores incontáveis,
a começar dos estimados US$ 30 trilhões de dólares gastos em guerras no século
XX, com mais de 100 milhões de perdas em vidas, um patrimônio perdido
inimaginável de gente e saberes. É que seria preciso amar, apenas amar, e
através do amor construir, como fez Cristo, sabendo que o amor tudo
reconstruiria de perfeito. Odiando, Marx justificou o ódio alheio e fez
prosperar interminavelmente as guerras.
Do mesmo modo na
agora ex-URSS, onde os burocratas, odiando os estrangeiros em vez de amar o seu
povelite/nação ou cultura, quiseram travar-lhes guerras infinitamente,
militarizando-se continuamente e esgotando-se no processo. Apesar de tudo
venceram os que amaram mais, os EUA e seus aliados.
Os amores soviéticos
são do mesmo tamanho de suas vitórias e seus ódios da mesma dimensão de suas
derrotas. Seria interessante retratar a geo-história e de um modo geral as
psicologias das pessoambientes (das PESSOAS: dos indivíduos, das famílias, dos
grupos e das empresas; dos AMBIENTES: dos municípios/cidades, estados, nações e
mundo) por esse prisma do amor e da alegria. Só de olhar para as obras de
Curitiba, Paraná, Brasil, diante do fato de ter sido ela elegida pela ONU uma
das duas capitais culturais das Américas do ano 2003 (a Cidade do Panamá é a
outra, creio) isso já demonstra, pelo brilho da cidade e a alegria de seu
povelite, que há por lá um amor vencedor que a torna invencível, por enquanto e
enquanto durar.
Do outro lado, a
derrubada daquelas civilizações, sua recondução à situação de sociedade que
deve achar um centro ou projeto civilizatório ou de alteamento, nos assegura
que houve alí ódio que não soube achar futuro ou porta.
Vitória, sábado, 01
de novembro de 2003.
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