quinta-feira, 30 de março de 2017


Múltiplos de 100 Dias

 

                            Será uma pobre técnica de governo se não houver empenho e dedicação dos governantes, ou seja, aquilo que é central, o trabalho com afinco, pois seria apenas marca e como tal, depois, motivo de zombaria. Daí que a menos de trabalho obstinado marcar os dias de governo (como já se faz para os 100 primeiros) de 100 em 100 não passaria de invencionice – fique-se atento.

OS 100 DIAS DE GOVERNO (no Brasil, desde a CF de 1988, a partir de primeiro de janeiro)                      

DIAS
DATAS
100
11.04.2003
200
20.07.2003
300
28.10.2003
400
05.02.2003
...
...
1.400
01.11.2006

                            Isso, como aquela contagem dia-a-dia (diminuindo sempre um a partir de 4 anos x 365,35 dias/ano: 1.461, 1460, ..., 1, vésperas de entregar o poder), poderia apressar os governos, lembrando-lhes, adicionalmente as tradicionais contagens de anos e meses, estas de múltiplos da base dez.

                            E havendo 14 contagens, em lugar de apenas quatro dos anos, isso ensejaria 14 prestações públicas de contas: 1) aos juizes do Judiciário, 1/3 do colegiado de governo; 2) aos políticos do Legislativo, outro 1/3; 3) interna aos subordinados dos governos, mais 1/3; 4) aos empresários, que já se sentem co-governantes; 5) aos trabalhadores, que não se sentem participantes, mas inimigos; 6) ao povo, outro lado das elites; 7) ao estado (prefeituras municipais/urbanas, estado-nação e país).

                            Daí haveria oportunidade de 14 x 7 = 98 prestações de contas, com outras tantas oportunidades de aparecer na imprensa, abordando distintos tópicos de interesse particular ou geral. Vê, como dá para multiplicar?   Como diz o agora chavão, sabendo usar não vai faltar (oportunidades, no caso).

                            Vitória, quarta-feira, 5 de novembro de 2003.

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