quarta-feira, 29 de março de 2017


Injeção Dialógica

 

                            O primeiro ser natural racional é o indivíduo e o par fundamental é o homulher, homem-mulher, família. Então, das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas), dois conjuntos constituem as pessoas físicas ou naturais e dois as pessoas jurídicas ou artificiais. Depois temos os AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo), que são todos também de definição legal, não estão imediatamente na Natureza.

                            A dialógica, lógica-dialética, é no modelo ciência da pontescada científica (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6), dentro do Conhecimento (Matemática, Ciência/Técnica, Filosofia/Ideologia, Teologia/Religião, Magia/Arte).

                            Evidentemente tudo começou com o indivíduo, na realidade com o par fundamental que promete e produz mesmo continuidade para a Razão geral, depois vindo os outros conjuntos; mas, quando os outros foram surgindo, eles se tornaram mais proficientes, competentes em dialógica, em capacidade de diálogo com o mundo: os conjuntos perguntam, o mundo responde se está certo ou errado, isto é, se o problema está convenientemente solucionado ou não. O conjunto estabelece reflexamente um postulado racional dos eventos que estão fora de si; os conjuntos REFLETEM o real como virtual que tenta replicar o modo de funcionamento real como conceitos ou contração. Vendo de outro modo, do lado de fora do sujeito está o real e ele deve propor dentro de si, em sua mente, uma construção virtual que RESPONDA pelo real, que ao ser confrontada com o real produza conseqüências que se assemelham com o real. Por exemplo, imediatamente o liquidificador retorna as polpas introduzidas como pastas mais ou menos densas, digamos vitaminas de abacate (leite, açúcar ou adoçante, polpa de abacate); fazemos automaticamente, mas antes de ter sido feito da primeira vez alguém visualizou reflexamente, espelharmente, que as lâminas em rápida rotação estraçalhariam as polpas, reduzindo-as a fragmentos que desceriam pela garganta como pasta e não em pedaços grandes, difíceis de engolir.

                            É sempre o ser humano real que pensa, de cada vez; mas grandes grupos de seres humanos, pensando cada um apenas um fragmento de TODO-O-PENSAR, podem tratar grandes massas de informações ou memórias, de modo a facilitar o trabalho dos outros seres humanos, estejam estes em grupos ou isolados. Assim sendo, os ambientes, de cima para baixo, de mundo a município/cidade, depois as duas pessoas artificiais facilitam o trabalho dos dialógicos primordiais, família e indivíduo. Estes, por seu lado, travam os diálogos mais primitivos, de dialógica-familiar e de dialógica-individual. São bons, são os originais, tudo depende no fundo deles, mas precisamos de níveis mais altos, de níveis elevados, e a INJEÇÃO DIALÓGICA, de cima para baixo, permite que uma vida curta, de 70 anos, produza potencialmente enorme riqueza de deslindamento dialógico, fazendo avançar formidavelmente o conhecimento geral, o que de outro modo seria praticamente impossível. Não fossem os conjuntos maiores os avanços não se dariam, porque de cada vez teríamos de construir do zero-de-diálogo, das primeiras noções mesmo.

                            Acontece que os governempresas não proporcionam ENCONTROS DIALÓGICOS, de definição e redefinição da Dialógica geral. Estão dormindo, ficam quedados, prostrados em sua inércia. Quando é que você ouviu falar de alguma proposta de realização de um Congresso Mundial de Dialógica? Nunca, não é?

                            Sem apuro superior, como poderia haver apuro inferior?

                            Estamos perdendo tempo.

                            Vitória, quarta-feira, 22 de outubro de 2003.

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