O Que Fazem 6.000?
Fiquei chocadíssimo
e feliz de saber via Internet que existem seis mil universidades no mundo. Não
faculdades isoladas, universidades mesmo. Estimei que devem ser uns quatro mil
os estados e províncias, de modo que existiria mais de uma em cada um.
Por si só constituem
um poder ainda não estudado (e, portanto, não temido), mas há nisso aí algo
mais: que podem fazer seis mil universidades A CADA ANO? É qualquer coisa
espantosa, mesmo. Pense só nos paleontólogos, nos geólogos, nos arqueólogos,
nos antropólogos espalhados agora, sondando e sondando por toda parte, como
nunca antes se fez. Claro, eles precisam se organizar, porém para quem fez
curso superior isso é fácil, é tranqüilo demais, é daqui para ali. Precisam de
verbas, mas para isso foram os reitores treinados pelo confronto com suas
fontes, suas administrações, sejam elas privadas ou públicas. Precisam saber
administrar as expedições, contudo fazer pautas e controlar alunos, por décadas
até, os colocou com predisposição.
Só que não são
exatamente seis mil, apenas. Isso é a fachada, é nominal, porque somente a UFES
(Universidade Federal do Espírito Santo) tem mais de 10 mil alunos em mais de
50 cursos e custa ao governo federal 120 milhões por ano, mais que a maioria
das prefeituras do estado tem de receitas, e nem é das maiores, pelo contrário,
é pequena, de um estado que tem 1/1.600 da renda mundial, e onde mesmo
particular relativamente recente, a UVV, Universidade de Vila Velha, tem
quantidade equivalente de alunos.
Então, são seis mil
que representam, quem sabe? - talvez 60 milhões de estudantes ou mais, e na
proporção de um professor por cada dez estudantes uns seis milhões de
professores. Ninguém sabe ao certo o tamanho desse poder novo. Posso raciocinar
que se esses seis mil representantes quiserem se unir constituirão um escudo
formidável, capaz de abalar as estruturas do mundo – em todos os sentidos
(cientificamente também, inclusive na paleontologia e na arqueologia).
Vitória, domingo, 26
de outubro de 2003.
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