Manual da Terra
Antigamente havia no
Brasil o Almanaque – ele se originou lá para trás, na Revolução Francesa -, que
era uma referência para a gente do interior, trazendo o calendário, instruções
sobre plantio e outras, e porisso se tornou uma leitura obrigatória.
O mundo mudou,
tornou-se mais complexo e ele se perdeu, ficou parado no tempo, deixou de ser
interessante.
Agora deveria ser
uma espécie de caderno, talvez mensal, talvez bimestral, mas com as
modificações aconselhadas pelo modelo. Em primeiro lugar, abrindo-se para o
povo em vermelho e para as elites em azul, dando informações sobre as
exigências governamentais (tributos, leis, tudo que interesse à terra) e as
empresas coligadas ao solo (plantio de eucalipto, adubos, mudas clonais, pesquisa
genômica, etc.), sobre relações com os trabalhadores (para os patrões) e com o
patronato (para os operários), sobre Psicologia (figuras, objetivos, produções,
organizações, geo-história da terra) geral, sobre chances de produção
(oportunidades agropecuárias/extrativistas, industriais, comerciais, de
serviços e bancárias), compra de maquinário, de instrumentos, de programas, de
aparelhos. Há um milhão de assuntos a tratar. E a terra/solo tornou-se agora
objeto para investimentos, para além dos sentimentos que remanescem. Ela deve
ser tratada como uma Curva do Sino ou e Gauss ou das Distribuições Estatísticas
dos interesses, desde os mais simples até os mais complexos, com um centro
majoritário.
Isso pode dar muito
dinheiro.
Seria uma editoria
que evoluiria para as demais mídias, como já coloquei - já existe pelo menos
uma TV de leilões e o Globo Rural.
Preços de vendas,
onde contratar serviços, como realizar festas, como fazer campos de futebol e
quadras de esportes, quem procurar nas prefeituras, como contratar empregados,
como investir na terra, etc. Quem colocasse tal editora aprenderia tanto com o
tempo que seria natural começar a investir no campo de um ponto de vista
privilegiado. Na realidade, seria um modo de aprender através de uma
remuneração bastante avantajada.
Vitória,
quarta-feira, 05 de novembro de 2003.
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