Como a Psicologia
Artificial nos Verá
A Psicologia de N.3,
a terceira Natureza, informacional/p.4, que virá a após a nossa, de N.2,
segunda natureza, psicológica/p.3, será muito diferente, não apenas pelas
expansões artificiais de memória como pela manipulação genética, que é também
artificial. Será mais distinta de nós do que somos dos trogloditas, os
habitantes das cavernas de 10 a 50 mil anos atrás. E isso não em milênios, mas
em séculos e até em décadas.
Quando a gente lê as
descrições da ficção dita científica, pomo-nos a gargalhar, porque nada se
parece com a atualidade, exceto Júlio Verne e, muito menos, H.G. Wells. E isso
gente de 100 a 150 anos atrás, para não falar dos que escreveram, por exemplo,
em 1770, por aí. É totalmente risível. Ainda coisa de 1950 a 1960 projetavam
futuros nos quais, no século XXVI os engenheiros puxavam do bolso réguas de
cálculo, que poucos ainda se lembram como eram e o que faziam. Crianças e
adolescentes nenhuns o saberão, mas fui ensinado a usá-las ainda em 1971.
Muito mais acelerada
será a evolução/revolução de agora. Ora, em 1990 o número de internautas nos
EUA era zero (para não falar do Brasil, onde a Internet começou em 1995), ao
passo que agora já são 600 milhões no mundo - nos Estados Unidos talvez todos os
lares estando conectados.
A FC não presta esse
serviço, não serve de guia rumo ao futuro. Mas, ao ser lida, abre os
horizontes, faz os adolescentes sonharem, transforma-os em adultos que irão
pesquisar aqueles sonhos – com isso construindo muito mais do que o fariam sem
aquela guia.
Se os chips de
computador, segundo a pseudolei de Moore, dobram de poder a cada 18 meses, se
tomarmos que o conhecimento faça isso a cada sete anos, então em 10 x 7 = 70
anos teremos 2 no 7º ano, 4 no 14º, 1.024 no 70º. E o que seria multiplicar
nosso conhecimento (inavaliável não só individual como coletivamente, pois há
muita coisa oculta nas bibliotecas, nos objetos, em tudo) por mil? E se for a
cada 14 anos teríamos mil vezes tanto quanto em 140 anos. SE for em 21, 280 anos.
De qualquer modo é assustador.
Agora, repare que a
coisa é exponencial, e muito mais exponencial que imaginamos, pois as máquinas
pensantes e as criaturas novas começarão a progredir NO RITMO DELAS, não no
humano, que é mais lento – NUM RITMO EXPONENCIAL DA EXPONENCIAL. Não y = xn,
mas w = zy. Aceleração da aceleração.
Primeiro eles
integrarão todo o conhecimento humano, tudo que já foi feito, no processo de
aprendizado. Depois recusarão as sandices, compactando tudo. A seguir, do
relativamente pouco de válido que restar irão começar seu próprio progresso aos
saltos e aos hipersaltos depois, como gigantes. Mais tarde irão reconstruir as
próprias criaturas de carbono e reprogramar o planeta.
Vá ler o preâmbulo
no modelo, sobre os novos seres, tal como discorri sobre eles em vários textos.
Nós os construiremos, ELES SE CONSTRUIRÃO SEM NOSSA INTERVENÇÃO e, por último, eles nos
reconstruirão, e daí por diante numa tabela de rápida infinitização.
As pessoas quase
todas não conseguem pensar, mas é tudo tão simples! Simplíssimo, de fato. E
assustador. Matrix é nada perto disso.
Vitória,
quarta-feira, 24 de julho de 2002.
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