Dicionárienciclopédico Encadernável
Brasileiro
Não
se trata de ir lá fora, como fez o Victor Civita, italiano que comprava
enciclopédias da Itália pela Abril, a dividia em fascículos para vender a
preços accessíveis, nem a Globo, que as traz da Grã-Bretanha, sempre o olhar
exterior sobre o mundo, mas um dicionárienciclopédico brasileiro mesmo, um
olhar de dentro para fora, como a Barsa não conseguiu ser, nem a Mirador, nem
nenhuma efetivamente.
Há,
ao que parece, uma certa vergonha de ser brasileiro, de estar nos trópicos. Por
quê não um D/E tropical? Por quê não uma sintanálise partindo primeiro dos
trópicos mais amplos e depois do Brasil para fora? Se tomarmos de 40º Norte
até 40º Sul, ou 30º, ou o que for, pegamos a faixa em torno do equador.
Investigar as
palavras sob a ótica de estar morando em lugares de altas temperaturas, de
elevados índices pluviométricos, enfim de ter corpo e pele tropical. E aí
investigar quem foram as figuras da enciclopédia que favoreceram os trópicos.
Sob tal ótica, tal
percepção-de-mundo, há muito a fazer.
Demais, até.
Uma reviravolta nas
condições de percepção, de sentir e pensar o mundo, de sentimento-de-mundo e de
pensamento-de-mundo, uma revisão das pessoas (indivíduos tropicais, famílias
tropicais, grupos tropicais, empresas tropicais) em ambientes
(municípios/cidades tropicais, estados tropicais, nações tropicais e mundo
tropical), com alegria tropical, alegria brasileira. Os modos de Conhecimento
(Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e
Matemática) aplicados ao tropical. Não o tropicalismo de Caetano Veloso, pois
todo “ismo” é doença do info-controle mais apto, sobreafirmação indevida do
tropical. Do mesmo modo que não queremos a superafirmação das regiões
temperadas também não queremos o inverso, pois aí o opressor não desapareceria,
apenas sendo substituído o verso pelo anverso, ou vice-verso.
A partir daí as
técnicas conhecidas de venda em cadernos. Só que, como temos interesse supremo
em que cada indivíduo, família, grupo e empresa participe do empreendimento,
deve-se juntar a isso a visita missionária ao lar, dando explicações sobre a
exploração do sistema, com um apoio permanente na retaguarda.
Tal apoio seria de
um grande grupo conectado por telefone, por computador na Rede, por Correios,
de todo modo, dando assistência a todos os usuários ou compradores. Queremos
criar um Sistema Brasileiro de Educação, ou pedagogia de participação popular
para a nova produçãorganização, de modo a realmente fazer progredir e
desenvolver o povelite ou nação brasileira.
Vitória,
quarta-feira, 11 de setembro de 2002.
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