Válvula K e Evolução
No
Livro 7 falei da Válvula K, vá ler. O
K é de Arthur Koestler (húngaro naturalizado inglês, 1905-1983, 78 anos entre
datas, se suicidou, mas fez coisas formidáveis), que falou dos hólons (no
grego, holo, todo, e on, parte, todoparte ou partodo, pois cada conjunto é
parte de outro, e é composto de seções).
A
questão então era perguntar sobre os cimentos, as colas que ligam o inferior e
o superior, impedindo o retorno ao nível pretérito. Por exemplo, como é que os
replicadores dentro da célula não retornam à liberdade, como é que eles devem
suportar e aceitar a igualdade, trabalhando juntos para um nível mais alto de
liberdade?
Como
é que homem e mulher se juntam na sociedade denominada casamento, se ela é boa
e ruim ao mesmo tempo? Como parte boa propiciaria uma união momentânea, mas
cada um herda a parte ruim e permanece sustentando-a. Como é que famílias se
agrupam?
E
assim é para toda a micropirâmide (campartícula fundamental, subcampartículas,
átomos, moléculas, replicadores, células, órgãos e corpomente), toda a
mesopirâmide (indivíduos, famílias, grupos, empresas, municípios/cidades,
estados, nações e mundo), toda a macropirâmide (planetas, sistemas estelares,
constelações, galáxias, aglomerados, superaglomerados, universos e pluriverso).
Observe
que há uma FITA DE HERANÇA, FH, digamos o ADRN, para comparar, na qual é
armazenado o info-controle que permite e estimula a transação das ondas, no
sentido da construção dos níveis cada vez mais complexos. Qual é a FH do
próprio cimento, da cola? Pois há uma cola entre os indivíduos dentro de uma
família. Essa cola é formestrutural, composta de formas e estruturas, digamos
gestos e palavras, respectivamente. Quais gestos e quais palavras? Que gestos e
que palavras mantém unidas as famílias? Como é que as famílias herdam essas
colas? Sabemos que é pela educação, as chamadas Escola da Vida, prática,
e a Vida da Escola, teórica, a prateoria da Vida-racional. Quantos tipos
de colas existem? Quantas são as formestruturas das colas familiares, em
especial?
De
quantos modos universais e em quantas variações locais podem as famílias se
produziremorganizarem? Pela Psicologia familiar (figuras ou psicanálises
familiares; objetivos ou psico-sínteses familiares; produções ou economias
familiares; organizações ou sociologias familiares e geo-histórias ou
espaçotempos familiares) a Família (em maiúscula, conjuntos ou famílias ou
grupos ou universais ou arquétipos ou idéias), inserida num tempespaço
particular e geral, produz-e-organiza.
Ora,
se existe, como existe, uma válvula KF (K da Família), uma cola F, um cimento
F, como é ele, como pode ser melhorado, como pode ser atacado, como pode ser
fragilizado, como pode ser fortalecido, como pode ser melhorado, como pode ser
democratizado, como pode ter acesso a maior liberdade sem prejudicar a
igualdade (e vice-versa)? Como a Kola F pode ser trabalhada? Em primeiro lugar,
deveríamos conhecer seus componentes, suas partes, seus elementos, para então
compor deles um modelo interpretativo segundo os modos do Conhecimento
(Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e
Matemática).
Como
se deu a evolução das válvulas? Como é que as válvulas ajudaram a estabelecer a
evolução, trancando cada revolução num patamar imediatamente acima e criando
novas oportunidades de predação? Como é que uma empresa pode lidar com sua
própria válvula K, a KE (cola empresarial)? Como é que os trabalhadores podem
entender melhor e usar esse novo poder? Como é que os sete níveis políticos
(povo, lideranças, profissionais, pesquisadores, estadistas, santos/sábios e
iluminados) contribuem para colar ou descolar os processos? Vê quantas
perguntas novas há para fazer e responder?
Imaginou
quantas emoções novas?
Vitória,
quarta-feira, 02 de outubro de 2002.
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