terça-feira, 27 de dezembro de 2016


Importância de Gutenberg

 

                            Johannes Gensfleisch, dito Gutenberg (alemão, entre 1394 e 1399 a 1468, 69 a 74 anos entre datas) foi o reinventor ocidental dos tipos móveis em 1440, muito depois dos chineses. Por volta de 1448 imprimiu a Bíblia de 42 Linhas.

                            Estando Jesus na base de todo desenvolvimento ocidental, sendo ele o motivo real de toda abertura ou liberdade do Ocidente, portanto, a sustentação da socioeconomia vitoriosa do Oeste, que verdadeiramente “levou a palma”, elevando-se acima de todas as outras em glória imorredoura, reconhecendo-se que Jesus foi inegavelmente de longe o primeiro, muito depois eu colocarei Gutenberg como o segundo, e o mais importante ser humano no que tange a proporcionar os instrumentos para a libertação de toda a humanidade.

                            Porque, como eu já disse, infelizmente não houve na China a necessidade funda de libertar a espécie humana da escravidão da ignorância, de difundir as letras e a cultura, de expandir PARA TODOS o Conhecimento geral. De ir além do prêmio exclusivista das elites, ir até o ponto em que o povo e as massas são amplamente libertados. De acabar com a servidão a China não foi capaz. Embora muito precoces, creio que da dinastia Chin, depois de 300 d.C., as elites chinesas não viram utilidade em o povo ter conhecimento que fosse além daquele que sustenta o cativeiro. Mesmo se o budismo prega a tolerância, o amor ao próximo, a benevolência, e mesmo tendo muito tempo adiante, a China não soube dar o largo passo.

                            Pelo contrário, com sua reinvenção num espaçotempo muito mais propício à divulgação dos saberes - o que acabou por levar à predominância da Filosofia/Ideologia e da Ciência/Técnica (e com elas da Teologia/Religião e da Magia/Arte) ocidentais, via Renascimento, Iluminismo, as revoluções industriais e o resto -, Gutenberg colocou o Ocidente acima de todas as regiões do mundo.

                            Cristo, primeiro, com sua compaixão adorável, sua sensibilidade ao próximo, e depois Gutenberg, o funil ao contrário de onde partiu a ampla divulgação dos valores ocidentais.

                            Não contando Jesus, que é Deus, Gutenberg vem logo em seguida. Não São Paulo, não São Pedro, que têm também ambos enorme importância, mas, senão o doador da Palavra, que foi Deus, digamos assim, pelo menos o veículo que a levou à imensidão das gentes. O criador secundário do Ocidente. E isso está longe de ter sido pouco.

                            Vitória, quinta-feira, 05 de setembro de 2002.

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