O Desprezo das Pessoas por Deus
Em
seu livro, Infinito em Todas as Direções (do gene à conquista do
universo), São Paulo, Best Seller, s/d (original de 1988), capítulo 2, Borboletas
e Supercordas, p.33, Freeman Dyson diz:
“Agora
Hawking formulou uma equação que se parece muito com a equação de Planck. A de
Hawking é S = kA, onde S é a entropia de um buraco negro, A é a área de sua
superfície e k é a constante que hoje denominamos de constante de Hawking.
Entropia significa aproximadamente o mesmo que a capacidade de calor de um
objeto. É medida em unidade de calorias por grau. A é medida em centímetros
quadrados. A equação de Hawking diz que a entropia
é, de fato, o mesmo que área. A conversão entre área e entropia é
dada pela constante de Hawking, que é, aproximadamente, 1041
calorias por centímetro quadrado. Esse fator de 1041 mostra o quanto
um buraco negro dista das unidades compreensíveis e familiares ao homem. Mas o que realmente significa dizer que entropia e área são
a mesma coisa? Estamos tão longe de compreender isso quanto Max
Planck estava de compreender a mecânica quântica em 1900”, negritos e coloridos
meus.
Vejamos
o projeto de ELI, Natureza/Deus, Ela/Ele.
A
macropirâmide (pluriverso, universo, superaglomerados, aglomerados, galáxias, constelações,
sistemas estelares, planetas), a mesopirâmide (mundo, nações, estados,
municípios/cidades, empresas, grupos, famílias, indivíduos) e a micropirâmide
(corpomentes, órgãos, células, replicadores, moléculas, átomos, subcampartículas,
campartícula fundamental) constituem um desenho portentoso, dessa entidade que
denominamos Deus, desse talento excepcional.
Na
equação E = mc2, sendo c = 3.108 m/s, temos que para a
energia organizar a matéria em informação-controle ou materenergia precisamos
dum ligativo da ordem de 108, o que significa ALTO RENDIMENTO no
projeto d’ELI e pequena margem de negociação com a ineficiência e o erro. PARA
DAR CERTO e haver conversão dentro de um universo de margem TÃO ESTREITA, é
evidente que os talentos d’ELI são extraordinários mesmo. Estourando no Big
Bang (Barulhão, Grande Explosão, precedida do Grande Estresse) e antes que as
coisas se consumam na presumida morte térmica o metaprogramáquina pluriversal
deve ser re-montado.
Se
entropia e área são a mesma coisa, o que quer dizer isso? Que há uma pressão
de conversão entre a energia que é degradada para as condições de
temperatura mínima próxima de 0º K, donde não é possível extrair diferença
alguma de potencial gerador de movimento organizador das partículas de energia
inercial em relação aos campos ou agrupamentos materiais gravitacionais, e a
organização material que ela proporciona. Ou seja, se virmos a energia como uma
área, dela sairá uma flecha de organização da matéria. É como a fórmula de
pressão, P = F/A, uma força (ou campartícula, quer dizer, as partículas ou
energias) agindo para desorganizar os campos materiais numa determinada área,
forçando para rompê-los.Do mesmo modo, no BN (buraco negro), os campos estão
sendo rompidos. É como um transformador, recompondo os potenciais
energéticos pela dissociação material. Há uma disrupção geral, quando são
rebentadas todas as organizações materiais, tudo sendo reconduzido à forma
básica de energia, as partículas sendo as menores possíveis, mais próximas
daquelas que existiram no infinitésimo após a maior das pressões de dissociação
no Big Bang. Os potenciais particularizantes ou energizantes tornam-se quase máximos
no BN, conforme as dimensões deste. Então, nos poços potenciais (planetas,
estrelas, estrelas de nêutrons, BB’s) os potenciais são dilatados. E aquele
índice, de 1041 no diz que as flechas materiais que entram no
horizonte do BN são elevadas até altos potenciais energéticos, para futuro
trabalho, quando os BN’s se transformarem nos BB’s, buracos brancos. Nos BN’s a
energia está sendo recomposta para altos potenciais de manipulação da matéria.
Enfim, os BN’s são transformadores, como esses que temos perto de nossas casas,
só que muito maiores. São os transformadores d’ELI. Vistas as coisas desse
modo, há que respeitar, não é mesmo?
No
modelo coloquei que negentropia, a negação da entropia, é igual a entropia, com
o sinal trocado, ou seja, ∑ = 0 = E – N (ou, colocando em grego, ξ – η = 0, quer dizer, E = N).
No mesmo instante em que a energia está sendo gasta, outra está sendo
construída no centro de planetas, estrelas, estrelas de nêutrons e buracos
negros. Menos um infinitésimo, que garante que em algum tempo a entropia
prevalecerá e tudo será reconduzido ao Big Crunch, o Grande Esmigalhamento, ou
Abração, recomeçando do Nada, a plena Soma Zero.
Se
a entropia é aquele estado em que não se pode mais extrair energia, ela
equivale a uma área de máxima disseminação da matéria (cada pedacinho estando
tão longe que jamais será atraído para outro, não se acumulando como poço de
potencial, ou transformador gravitacional), de máximo congelamento da energia,
nenhuma matéria podendo gerar via centralização por gravidade nova energia ou
inércia. Na relação entre 1041 e 108 deve estar a margem
de desenho do pluriverso. Algum fator de segurança deve haver, ou muito
trabalho se perderia. Em 1041 toda a matéria estaria dispersa em
máxima área. Em 108 está a taxa de conversão energética, o operador
inercial, o cinzel de construção da estátua ou modelo. Nessa relação ou ordem de
grandeza de 1033 estaria a operacionalidade do cinzel energético
sobre a matéria a esculpir, da micro à macropirâmide. Dizendo de outro modo,
cada partícula em cada hólon koestleriano ou partodo ou todoparte constrói o
nível superior de organização ou matéria. Por exemplo, as partículas
empresariais constroem os campos municipais/urbanos, nisso perdendo potência ou
inércia ou flecha ou dinâmica, que se transforma em “impotência” ou gravidade
ou área ou estática, no todo, de energia em matéria, ou de negentropia em
entropia, de polarizações (de pólos opostos/complementares) em centros, em convergência
de desenho ou informação-controle (ou comunicação), a onda fazendo
amortecer os extremos no eixo, que é o Desenho do Pluriverso, na Prancheta de
ELI.
Agora,
colocando S/A = k e F/A = P, vemos que a entropia é a anulação da força ou
campartícula ou infocontrole ou onda de desenho na área A, a pressão deformativa
P tendendo a zero (se F º 0 então P º 0, S º máx quando k tender a 1041).
Temos que 1041 elementos devem se reunir para produzir uma unidade
de criação. Ou, de outro modo, 1041 partes do universo são zeradas
entropicamente para produzir ordem. Como relações diretas que são, é preciso
que 1/k seja Pf (formativo) ou Pf = k-1 para
representar entidades formativas. Quer dizer, k deve ser substituída por uma
outra unidade, anti-k, que é Pf, ou k = anti-Pf, Pf-1.
Se P é deformativo, então anti-P é formativo, isto é, a quantidade de ordem que
emerge da área A (A-1/S-1= 1/k-1, saindo na
área A a negentropia num pacote energético da ordem de 1/1041) sendo
o ordenamento energético de uma quantidade material qualquer em IC ou
info-controle. A taxa de conversão de matéria e energia em ME ou IC,
info-controle. A entropia é deformação estabelecida do potencial de formação
local. A pressão é o índice da deformação que será produzida, enquanto a
entropia é o índice da deformação já produzida. A pressão vem do futuro, produz
desagregação, a entropia é a separação já posta no passado. Deveriam ser uma e
a mesma flecha. Sob máxima entropia toda capacidade do pluriverso gerar IC
estará degenerada, descriada. Entropia é a paralisação total da energia, a
incapacitação de a energia manipular a matéria para construir os níveis de
relação e percepção. Podemos ver uma flecha F emergindo da área A para
construir como anti-P, antidesagregação, qualquer IC. Então na área Abn
está sendo re-produzida a energia organizadora Ebn, que é
negentrópica ou negadora da entropia, negadora do fim. Nos buracos negros,
novos potenciais de formação estão sendo produzidos, estão sendo extraídos do
horizonte do BN. Eventualmente, através do Buraco Branco, da megaexplosão do
BN, essa energia formadora será reinjetada no universo, em suas proximidades,
para novas construções, e assim sucessivamente. Como área é o quadrado, √1041
= L = aproximadamente 1021, que elevado ao cubo (para volume) dará a
ordem de grandeza em que a energia que emergirá do BB e contaminará o ambiente
circundante (= aproximadamente 1063 qualquer coisa). A matéria, que
estava esgotando seu poder construtor, é elevada de novo pelo alto poder
separador ou transformador do BN a níveis incompreensíveis, e pode continuar
operando no universo como energia ou partículas modeladoras. Gravidade do BN
transformada em inércia construtora.
Em
resumo, ELI (ou Deus, como preferirem chamar) não é só simples, é tremendamente
complexo (a) também. É algo de admirar, é ou não é? Você pode não gostar de
nomes, chame de Desenho de Mundo, ou como preferir, ou não dê nome nenhum,
pense como Conhecimento. Parece que o desprezo de alguns por isso tudo foi
muito prematuro.
Vitória,
segunda-feira, 09 de setembro de 2002.
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