quinta-feira, 29 de dezembro de 2016


Salto dos Negros

 

                            Naturalmente só vêem o lado ruim dos brancos.

                            Na Rede Cognata branco = DEMOCRACIA, e parece ser verdadeiro mesmo, porque em todo o mundo foram os brancos que defenderam a liberdade e o poder das massas, o que naturalmente veio do cristianismo branco europeu, que no fundo é muito semelhante ao budismo. Não foi a religião panteísta dos negros africanos, nem a politeísta dos hindus, nem a politeísta dos vermelhos americanos ou ameríndios, nem o budismo amarelo asiático, apesar da semelhança anunciada.

                            Comparemos a situação em 1500 e em 2000.

                            Apesar de tudo de horrível que os brancos fizeram, os negros (em sua maioria, fora algumas simples civilizações meridionais, apesar de tudo que se disse em contrário, e fora a adesão ao islamismo, pois aí veio pronto, ou a antiga participação Núbia na civilização egípcia) saltarem da idade da pedra, quase, pelo menos tribal, para os poderes da civilização contemporânea, onde eles estão situados maciçamente em dois países superpoderosos, EUA e Brasil.

                            Aquele tempo no qual a Europa foi se arrastando desde quatro mil a.C. até o presente por seis mil anos, ou mais recentemente desde a adesão ao Império Romano por volta do ano zero, há dois mil anos, os negros saltaram em 500 anos, proporção de 6.000/500 = 12/1 ou no mínimo 2.000/500 = 4/1. Da vida tribal a hoje um negro estar dirigindo a ONU. Isso é qualquer coisa. É um tributo à capacidade dos negros de absorverem conhecimento em todas as instâncias, o que é um depoimento extraordinariamente favorável, e de os brancos cederem, sob pressão interna e externa de si mesmos e principalmente de Cristo.

                            Veja que a capacidade negra é tão maior quanto ela realmente foi detida, apesar de tudo, pelos brancos anticristãos.

                            E pense também quem é que cede o que é seu de direito e de fato, o pendão civilizatório, em troca de nada ou quase nada. Pergunte se os arianos hindus fizeram isso, ou os árabes, ou qualquer povo do passado. Do outro lado olhe a Bahia, Brasil, onde talvez 90 % sejam mestiços ou negros, e onde efetivamente os pretos participam dos governempresas em muitos patamares do TER e do fazer. Em mais um século a participação será total, em todos os níveis (empresas públicas e privadas, governos executivo, legislativo e judiciário, fora a música e as artes em geral, inclusive nas técnicas e ciências – a Bahia é um exemplo para o mundo).

                            Há gente interessada em jogar brancos contra negros, e vice-versa, mas haverá quem perceberá o que foi feito em meros 500 anos, os passos largos que foram dados, a pressão fantástica que derrotou o último bastião do racismo, na África do Sul, e colocou nas mãos dos negros de lá uma parte do melhor do Conhecimento branco.

                            Isso é qualquer coisa.

                            Vitória, quinta-feira, 05 de setembro de 2002.

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