sábado, 31 de dezembro de 2016


Financiamento das Campanhas

 

Essa é difícil questão, a de quem financiará as campanhas dos candidatos: para 513 deputados federais podem existir milhares de candidaturas, pois esses são apenas os eleitos, os escolhidos, os empossados. E há 81 senadores para os 26 estados e DF, presidente; 27 governadores e vices para os 27, só no ES 30 deputados estaduais; para 5.570 cidades-municípios outro tanto de prefeitos e talvez 300 mil candidatos a vereadores (considerando que sejam apenas 10 vereadores/município, três candidatos/vaga), de modo que podem chegar no total a 400 mil aspirantes. Alguém deveria fazer levantamento e publicar em livro.

Quem deve financiar essa orgia?

Se forem as empresas, elas quererão favores em troca, como está revelando a Lava Jato, o financiamento empresarial custando enormes benefícios concedidos pelos governos, por exemplo, à Odebrecht e outras, resultando nestes escândalos de proporções épicas que trouxeram tremendos danos ao país.

Se for o Governo geral o financiador, o custo será tremendo, como vem sendo. Ainda maior, porque as eleições são realizadas de dois em dois anos, quando deveriam ser de quatro em quatro. Sem falar que todos aqueles 400 mil tiram três meses de férias (alguns se candidatam somente por isso) e aspiram eleger-se para roubar aberta ou disfarçadamente, beneficiando-se da impunidade corrente.

Se o financiamento fosse governamental com base nas avaliações das pesquisas, elas seriam falsificadas.

Se fosse feito com base na eleição anterior, impediria os novos de substituir os antigos, muitas vezes notoriamente perversos e malignos.

EIS UMA PROPOSTA

PELAS EMPRESAS.
POVO.
PELOS GOVERNOS.
Depósitos numa conta do STE, Superior Tribunal Eleitoral, que distribuiria a totalidade conforme os níveis de governo (federal: presidente, deputados federais, senadores; estadual: governador e deputados estaduais; municipal: prefeitos e vereadores).
Propaganda de boca-a-boca, com intensa migração compartilhada dos candidatos e recepção organizada nas comunidades.
Horário gratuito de TV e Rádio, da mídia em geral, debates públicos em praças públicas com palanques construídos e deslocados pelos órgãos, sem showmícios, shows-comícios.

Do jeito que está é bandalheira, vilania.

Tem de ser muito melhor pensada, não é nada simples, não é trivial, é complicadíssima – mas deve ser analisada a fundo nas décadas do porvir. E é potencialmente fonte de enorme corrupção geral, como estamos presenciando. Tecnocientistas e os do Conhecimento geral devem ser pronunciar.

Vitória, sábado, 31 de dezembro de 2016.

GAVA.

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