Financiamento das
Campanhas
Essa é difícil
questão, a de quem financiará as campanhas dos candidatos: para 513 deputados
federais podem existir milhares de candidaturas, pois esses são apenas os eleitos,
os escolhidos, os empossados. E há 81 senadores para os 26 estados e DF, presidente;
27 governadores e vices para os 27, só no ES 30 deputados estaduais; para 5.570
cidades-municípios outro tanto de prefeitos e talvez 300 mil candidatos a
vereadores (considerando que sejam apenas 10 vereadores/município, três
candidatos/vaga), de modo que podem chegar no total a 400 mil aspirantes.
Alguém deveria fazer levantamento e publicar em livro.
Quem deve financiar
essa orgia?
Se forem as empresas,
elas quererão favores em troca, como está revelando a Lava Jato, o
financiamento empresarial custando enormes benefícios concedidos pelos governos,
por exemplo, à Odebrecht e outras, resultando nestes escândalos de proporções
épicas que trouxeram tremendos danos ao país.
Se for o Governo
geral o financiador, o custo será tremendo, como vem sendo. Ainda maior, porque
as eleições são realizadas de dois em dois anos, quando deveriam ser de quatro
em quatro. Sem falar que todos aqueles 400 mil tiram três meses de férias
(alguns se candidatam somente por isso) e aspiram eleger-se para roubar aberta
ou disfarçadamente, beneficiando-se da impunidade corrente.
Se o financiamento
fosse governamental com base nas avaliações das pesquisas, elas seriam
falsificadas.
Se fosse feito com
base na eleição anterior, impediria os novos de substituir os antigos, muitas
vezes notoriamente perversos e malignos.
EIS UMA PROPOSTA
PELAS EMPRESAS.
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POVO.
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PELOS GOVERNOS.
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Depósitos numa conta do STE, Superior
Tribunal Eleitoral, que distribuiria a totalidade conforme os níveis de governo
(federal: presidente, deputados federais, senadores; estadual: governador e
deputados estaduais; municipal: prefeitos e vereadores).
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Propaganda de boca-a-boca, com intensa
migração compartilhada dos candidatos e recepção organizada nas comunidades.
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Horário gratuito de TV e Rádio, da mídia em
geral, debates públicos em praças públicas com palanques construídos e
deslocados pelos órgãos, sem showmícios, shows-comícios.
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Do jeito que está é bandalheira, vilania.
Tem de ser muito melhor pensada, não é nada
simples, não é trivial, é complicadíssima – mas deve ser analisada a fundo nas
décadas do porvir. E é potencialmente fonte de enorme corrupção geral, como
estamos presenciando. Tecnocientistas e os do Conhecimento geral devem ser
pronunciar.
Vitória, sábado, 31 de dezembro de 2016.
GAVA.
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