quarta-feira, 28 de dezembro de 2016


Música e Dança

 

                            Num programa de TV dos canais Discovery mostraram pessoas dançando com música, sugerindo que esta pode ser convertida naquela. No texto Unidade de Conceitos para a Utilização de Superondas em Toda a Largura do Espectro, número 2 das posteridades, de 09.09.1998 (estou colocando a data para mostrar que não copiei ninguém), eu disse que todos os sentidos podem ser convertidos uns nos outros, ou seja, sons podem ser representados por cores, por sabores, por cheiros, por pressões, e vice-versa, livremente.

                            Mais que isso, lembre-se de que os antigos, principalmente no Oriente, dançam ritualmente, interpretando o espaçotempo ou geo-história ou psicologia deles. A música é pausada, exatamente como mostrado no documentário. É possível que, indo ao Oriente e filmando as danças de lá e convertendo para essa nova modalidade de estudos ocidentais, venhamos a ver que há milhares de anos eles já faziam isso intuitivamente, emocionalmente, sem raciocinar tecnocientificamente sobre o assunto.

                            É claro que não se trata de avanço racional, mas é definitivamente avanço sentimental sobre o Ocidente. É coisa que foi praticada da mesma forma, decaindo cada século um pouco mais, até perder totalmente a memória, tornando-se um ritual. A questão é se foi memória advinda de alguma razão e o quê a teria proporcionado?

                            Agora, no Ocidente se trata de descobrir as quatro notas básicas, as quatro cores básicas, os quatro ritmos básicos de dança e de movimento em geral, etc. Uma forma científica de ver as expressões artísticas estaria nascendo. Por outro lado, quando descobrirmos exatamente as unidades básicas de movimento e dança, veremos que muitos ritmos ocidentais atuais podem mostrar-se extremamente desgraciosos ou até ofensivos, em termos de representação.

                            Vitória, quarta-feira, 11 de setembro de 2002.

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