sexta-feira, 30 de dezembro de 2016


Mais Liberdade e Mais Igualdade

 

                            Tendo concluído em Liberdade é o Oposto de Igualdade, Livro 8, que a pregação da liberdade das elites é em primeiro plano a pregação da desigualdade frente ao povo, e que a plena igualdade destes seria a falta total de liberdade daquelas, e o fim da civilização ou progresso, tornando-se o coletivo regressista, é agora tempolugar de visualizar o lado complementar do oposto no par polar.

                            A conclusão de oposição parece indicar que uma coisa diminui a outra, mas isso só ocorrerá SE ASSIM DESEJARMOS, e se obrarmos diligentemente para tal. Acontece que elites e povo podem conviver em harmonia ou equilíbrio-de-par oposto/complementar, TANTO FAVORECENDO A LIBERDADE DE UMAS QUANTO A IGUALDADE DO OUTRO. Essa é a conclusão de convergência, a saber, o amor de salvação, o contrário daquela outra, o amor de perdição. Guerrear é bom, mas amar é melhor ainda, porisso de novo os hippies, “faça amor, não faça guerra”. Guerra só em último caso, quando estejam zombando e nos chamando de frouxos. Então, nós vamos lá e batemos.

                            Por conseguinte, liberdade pode ser a mesma coisa que igualdade, e vice-versa, e uma até pode pressupor a outra. Pode até ser condição, pois a oposição nos faz gastar dinheiro com proteção, o que seria investido no crescimento mútuo. Não precisando aplicar tantos recursos em proteção, e a sociedade pode crescer num ritmo muito mais acelerado, como o Japão pós-guerra que, livre da competição da guerra fria, deu saltos à frente da URSS e dos EUA, empenhados em destruição mútua, e pôde assim favorecer e até superfavorecer a igualdade e a liberdade internas.

                            Vitória, quarta-feira, 02 de outubro de 2002.

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