Mais Liberdade e Mais Igualdade
Tendo
concluído em Liberdade é o Oposto de Igualdade, Livro 8, que a pregação
da liberdade das elites é em primeiro plano a pregação da desigualdade frente
ao povo, e que a plena igualdade destes seria a falta total de liberdade
daquelas, e o fim da civilização ou progresso, tornando-se o coletivo
regressista, é agora tempolugar de visualizar o lado complementar do oposto no
par polar.
A
conclusão de oposição parece indicar que uma coisa diminui a outra, mas
isso só ocorrerá SE ASSIM DESEJARMOS, e se obrarmos diligentemente para tal.
Acontece que elites e povo podem conviver em harmonia ou equilíbrio-de-par
oposto/complementar, TANTO FAVORECENDO A LIBERDADE DE UMAS QUANTO A IGUALDADE
DO OUTRO. Essa é a conclusão de convergência, a saber, o amor de
salvação, o contrário daquela outra, o amor de perdição. Guerrear é bom, mas
amar é melhor ainda, porisso de novo os hippies, “faça amor, não faça guerra”.
Guerra só em último caso, quando estejam zombando e nos chamando de frouxos.
Então, nós vamos lá e batemos.
Por
conseguinte, liberdade pode ser a mesma coisa que igualdade, e vice-versa, e
uma até pode pressupor a outra. Pode até ser condição, pois a oposição nos faz
gastar dinheiro com proteção, o que seria investido no crescimento mútuo. Não
precisando aplicar tantos recursos em proteção, e a sociedade pode crescer num
ritmo muito mais acelerado, como o Japão pós-guerra que, livre da competição da
guerra fria, deu saltos à frente da URSS e dos EUA, empenhados em destruição mútua,
e pôde assim favorecer e até superfavorecer a igualdade e a liberdade internas.
Vitória,
quarta-feira, 02 de outubro de 2002.
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