sexta-feira, 30 de dezembro de 2016


Estamos Sós?

 

                            As coisas da Matemática ou Geo-Algébrica devem valer para tudo mesmo, em toda parte do universo. Assim sendo, a Curva de Gauss ou do Sino, como um ômega grego (Ω), com uma ponta à esquerda e outra à direita, a maior parte dos acontecimentos estando concentrada no centro, deve valer em cada galáxia, em todo sistema solar. A margem estatística de erro sendo de 5 % acreditei que 2,5 % estão à esquerda e outro tanto à direita.

                            Resulta disso, pelo meu pensamento, que apenas 1 em cada 40 sistemas solares vai estar totalmente sem vida, ao passo que em 1/40 ela aparecerá de qualquer modo, nunca acabando. É ESSA ESTATÍSTICA QUE DEVE SER PERSEGUIDA. Em cada encruzilhada necessária-e-suficiente devemos propor essa partição de 1/40. Ou seja, em todo degrau da pontescada.

                            A micropirâmide (campartícula fundamental, subcampartículas, átomos, moléculas, replicadores, células, órgãos, corpomente) comporta sete passagens. Acontece que os sistemas solares já ultrapassaram o nível molecular, pois podemos ver moléculas por toda parte. Restam as passagens de moléculas a replicadores, destes a células, delas aos órgãos e destes aos corpomentes, quatro no total. Daí que (1/40)4 =1 / 2.560.000. A coisa é mais complexa que isso, porque há detalhes; por outro lado, se a Vida é persistente, devemos esperar que ela encontre soluções que a mantenham dentro das margens matemáticas. Como a Galáxia (Via Láctea) têm, dizem os cientistas, 400 bilhões de estrelas, podemos esperar que pelo menos 150 mil tenham nos planetas criaturas racionais ao modo humano.

                            Na mesopirâmide (indivíduos, famílias, grupos, empresas, municípios/cidades, estados, nações e mundo unido; esta última passagem do ciclo a Terra está fazendo agora), avançamos políticadministrativamente do Escravismo ao Feudalismo, ao Capitalismo (neste primeira, segunda, terceira onda), sem chegar ainda ao Socialismo, Comunismo, Anarquismo. Então, são três passagens, contando uma da falsa ordem anterior pré-humana ao Escravismo, (1/40)3 = 1 / 64.000, donde podemos tirar que EM QUALQUER MOMENTO vão existir pelo menos duas civilizações do nosso nível. Agora, como da metade para frente é Vida estável, sem recuo, 50 % de 400 bilhões são 200 bilhões de planetas com vida residual pelo menos, no patamar da experimentação dos primeiros replicadores.

                            Essa avaliação difere notavelmente daquela que é corrente desde Sagan e Shklovski, envolvendo tantas variáveis, dialética e dimensionalmente malpostas.

                            A Vida deve ser um fenômeno corrente, porque ela não tem nada de especial, sendo trivialíssima, relativamente, embora tão complexa enquanto conceito e construção. ELA ACONTECE MATEMATICAMENTE, dado que a Matemática está no centro do quadrado do Conhecimento (vértices mágico/artístico, teológico/religioso, filosófico/ideológico e científico/técnico) e no topo e na base da pirâmide dupla. Os dos ramos do Conhecimento forçam para este e aquele lado, quando deveriam prender-se à Matemática, enquanto sintanálise direta, sem emotividade.

                            Pode acontecer, acontecerá. Não precisamos ficar pedindo favor a um ou outro lado, o centro é que garante tudo. E no centro estão 95 % de possibilidades. Então, como é que ficaremos assombrados com esquerda e direita, esses extremos gritadores?

                            O único sentido em que estamos sós é naquele em que ainda não encontramos ninguém. Os europeus não terem encontrado até por volta de 1500 os outros povos da Terra não garantia que eles não estivessem lá. Por outro lado, eles terem estado na Terra não garante que eles estejam nos outros mundos. Nem um lado nem outro.

                            No entanto, sendo os números tão grandes e a Curva de Gauss tão infalível, é seguro afirmar que as chances de eles estarem lá são maciças, desde a vida incipiente até a mais avançada.

                            Vitória, quarta-feira, 25 de setembro de 2002.

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