O Canto Solar
No
livro de Alberto Delerue, O Sistema Solar (viagem ao reino do Sol
através das mais recentes conquistas espaciais), Rio de Janeiro, Ediouro, 2002,
p. 30, ele diz: “Uma das descobertas mais recentes, e curiosas, é que o Sol
emite uma espécie de canto, ou melhor, vibrações sonoras que não conseguem
atravessar o espaço interplanetário. O que seriam? Como são produzidas essas
ondas acústicas?”
Em
primeiro lugar, lembremos que Pitágoras diziam poder ouvir a música das
esferas. Depois, não sei se foi Olavo Bilac que falava: “Ora, direis, ouvir
estrelas”, certamente inspirado em seu predecessor de 2,5 milênios.
Em
todo caso, bem antes de saber disso (veja, a edição é de 2002), num texto das
posteridades (número 2, 09.09.1998), chamado Unidade de Conceitos para a
Utilização de Superondas em Toda a Largura do Espectro, falei da busca da
unicidade descritiva de todas as ondas (cores, sons, paladares, olfatos, tato,
etc.). No texto 2 (10.09.1998), denominado Para Tocar o Sol (Um Pi/grama
Musical), falo justamente da possibilidade de não apenas o Sol como cada objeto
celeste e cada objeto terrestre terem sua sonoridade característica, a qual
poderia ser medida e, pior ainda, servir à sua desintegração por
contramodulação.
Não
pode ser senão assim mesmo.
Pois
o resumo de todas as vibrações de um corpo (que, via medição do calor, ou seja,
a soma estatística de tais vibrações, seria sua massa relativa à radiação de
fundo) poderíamos tomar como sua identidade vibracional, seu tom
característico. Você, eu, todos temos essa identidade. Uma pessoa superafinada talvez
pudesse ouvir nossa música. E se essa identidade pudesse ser medida também sua
alterações poderiam sê-lo; umas constituiriam sinais de doença e outras de
saúde, ou harmonia, os harmônicos do corpo e da mente. Cada órgão, cada célula
teria seu harmônico, seu tom perfeito, sadio.
Conforme
soubéssemos identificá-los, por uma tabela de referência em programáquina,
poderíamos tratá-los também, curá-los de quaisquer doenças. Então umas músicas
seriam saudáveis, enquanto outras nos adoeceriam. Eis aí o fundamento
(filosófico) da musicoterapia. Evidentemente quando isso for conhecido será
usado tanto para o bem quanto para o mal, apenas porque este par polar
oposto/complementar bem/mal existe no Dicionário. Inevitavelmente.
Inescapavelmente. Inquestionavelmente, sem dúvida alguma.
Aquelas
coisas das lendas e dos livros e filmes de ficção estão retornando, todas elas,
ao que pude perceber. Era tudo verdade, mesmo. E, naturalmente, as músicas
acalmarão as feras.
Que,
no final das contas, são os seres humanos.
Aliás,
como será ouvir o Canto do Sol?
Certamente
logo lançarão a Música do Sol no mercado.
Vitória,
terça-feira, 17 de setembro de 2002.
Nenhum comentário:
Postar um comentário