O Salto para a Vida
Conforme
estávamos conversando, Gabriel e eu, de onde parei na questão da Química,
devemos ver cada vértice da pontescada tecnocientífica (ciências:
Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e
Dialógica/p.6 e técnicas: Engenharia/X1, Medicina/X2, Psiquiatria/X3,
Cibernética/X4, Astronomia/X5 e Discursiva/X6) tanto interna quanto
externamente.
A
QUÍMICA INTERNA é aquela que trata das ondas ou campartículas próprias, ou
seja, dos átomos e das moléculas, enquanto a QUÍMICA EXTERNA, por assim dizer,
trataria de mostrar como as moléculas passam a replicadores (o ADRN, ADN/ARN, é
só um deles, q.v. o modelo), isto é, como se dá o salto à vida. À QI chamam
simplesmente Química, enquanto à QE denominam Bioquímica.
Como
se dá essa revolução, que passa do quantitativo acumulado por evolução ao qualitativo
revolucionário, à quantidade nova, à nova chance de acumulação biológica?
Onde
minha percepção parou, é preciso ver os tijolos moleculares da QE, bioquímica,
sendo reunidos para compor a Casa da Vida. Que projeto de arquiengenharia
unindo o espaço arquitetônico molecular ao tempo de engenharia molecular, em
A/E molecular é esse? Não se trata mais de olharmos as flechas ou ângulos e os
dígitos ou pontos, os digitângulos moleculares, as formestruturas, os
conceitimagens moleculares. Não se trata de ficarmos medindo quantos átomos há
na molécula, nem os ângulos que fazem, e sim de os tomarmos como cártulas ou
cartuchos, invólucros, caixinhas pretas fechadas, cilindros de IC
(info-controle, informação-controle ou comunicação), cujo interior não nos
interessa de modo algum. Interessa, isso sim, o que desponta deles, onde a
ligatividade ou conectividade permite que se unam a tais ou quais outras
moléculas, para formar replicadores. Como os programáquinas moleculares agem,
com base naqueles cartuchos ou molduras ou vetores moleculares? Como é que umas
moléculas vão se constituir em programas e outras em máquinas? Como é que uns
conjuntos de átomos vão ser o hardware molecular e outros o software molecular?
Como
já estudei, vários replicadores precisam ser construídos, com os conjuntos de
conceitos da Casa geral (paredes, pisos, tetos, portas, e deles outros ainda
maiores, cozinhas, quartos, banheiros). Daí os polipeptídios, aquelas moléculas
superúteis que vão facilitar a construção da biblioteca de produtos que é o
ADN, e da biblioteca de processos, que é o ARN, os outros replicadores e as
enzimas, os catalisadores ou multiplicadores de tempo de reação, que são como
que os políticos moleculares, facilitando a união dos pacotes moleculares de IC
em tríades de sílabas moleculares.
Ora,
então são formadas frases a partir das quatro letras básicas A, C, G, T, como
na Língua Cognata, q.v. Daí, das letras sílabas, das sílabas palavras, das
palavras frases, das frases períodos e toda a composição da Vida geral.
Deveríamos
ter as tais cártulas, os vetores espaçotemporais moleculares da composição das
matrizes vitais. Se as tivéssemos, poderíamos colocá-las para evoluir/revoluir
nos programáquinas, desenhando qualquer cenário, em qualquer mundo, qualquer
sistema estelar, sob as mais variadas condições de experiência virtual ou
mental. Modelação bioquímica e química/p.2, para criar todo tipo de Psicologia,
mais adiante. Mil programáquinas poderiam reevoluir separadamente, mostrando
outros surgimentos. Então daríamos forma exterior a esses conceitos em
evolução, mostrando as figuras andando e se alimentando, etc.
Entre
o agora e o depois dessa modelação há a ponte da constituição desses cartuchos.
Não adianta olhar para dentro deles, para a Química Interna; queremos apenas
saber da ligatividade ou condições de união. Quem (figuras moleculares), por
quê (objetivos vitais a alcançar), com quê (quais produtos moleculares), como (em
que ordem ou com que tipo de organização), em qual espaço e em quanto tempo
(quando-onde molecular)?
A
Química Externa não consegue avançar PORQUE ela não se distancia o bastante
para ver o grande cenário. Olha de tão perto que não vê o quadro mais amplo.
Vitória,
quinta-feira, 05 de setembro de 2002.
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