Programação da Dor
Entendi
pelo modelo que há duas propriedades extraordinárias, a SOMA ZERO e o PRODUTO
UM, que na Matemática chamaríamos de “elemento neutro da soma” (zero, 0) e de
“elemento neutro da multiplicação” (um, 1), ou seja, A + 0 = A e A.1 = A.
Pela
SZ podemos dizer que todos os ângulos são zero (a Terra seria, idealmente, uma
esfera perfeita; se não é devemos contar que a soma de todas as descidas e
todas as subidas, todas as reentrâncias, seja zero). A soma de todas as
energias da mecânica térmica, termomecânica, deve ser zero, pelo que os
terremotos podem ser somados para obter a acumulação vazante de calor, digamos
assim, a energia térmica que vazará em algum ponto, rachando a superfície da
Terra ou o fundo do mar.
Pelo
PU devemos contar que se a inflação do Brasil foi durante largo tempo alta,
durante um tempo ainda maior será pequena, e que se há uma tempestade muito
forte ela se esgotará rapidamente, ao passo que uma chuva muito fina poderá
perdurar dias.
Essas
coisas são importantíssimas para entendermos o mundo, em particular o mundo
psicológico/p.3, quer dizer, as almas humanas, porque essas duas determinações
DEVEM EXISTIR EM TODA PARTE, desde a Física/Química, a Biologia/P.2, a
Psicologia/p.3, a Informática/p.4, a Cosmologia/p.5 até a Dialógica/p.6, de
forma que poderemos entender melhor o universo e suas construções.
Por
exemplo, deve acontecer NECESSARIAMENTE pelo PU (produto um) que certos termos
envolvidos na SZ (soma zero) da gravinércia (Gravidade – Inércia = G – I = 0) do
Sistema Solar, digamos a circulação dos planetas em volta do Sol, deve ser
igual a um, isto é, a fórmula F = G m1.m2/d2
deve nos proporcionar sempre produtos iguais a um, quer dizer, F(Mercúrio) = F
(Vênus) = F (Terra), etc., PARA CADA OBJETO do SS. Sendo uma das massas sempre
a do Sol, ficamos com d2/G.S = O/F, sendo S a massa do Sol e O a
massa do objeto, o termo à esquerda sendo uma constante, pelo que a divisão à
direita também será. Isso, pela própria fórmula, é sempre verdadeiro, por
definição, pela presença já determinada do sinal de igualdade. Agora, na falta
de alguns elementos podemos colocar outros por tentativa e erro nas
supermáquinas computadoras, de tal modo que a unidade se faça. E com outras
fórmulas será possível fazer muito.
Bom,
a questão agoraqui não será essa.
A
questão é bem outra.
As
pessoas só estão vendo o lado bom da viagem dentro do túnel do futuro. Só vêem
no futuro coisas brilhantes e maravilhosas. Acontece que 2002 é o futuro de
2001, e de todos os séculos passados; se há brilho agora, também há densas
trevas, e isso continuará a acontecer sempre, em qualquer futuro, de modo que
não nos devemos deixar enganar por quem quer que seja, digamos os
futurologistas, que usam o futuro como um capital da burguesia, prometendo para
diante o que não tivemos para trás. Quer dizer, se não tivemos antes pelo menos
teremos depois.
Não
é verdade, ou pelo menos não é verdade no sentido de termos só coisas boas.
Quanto mais brilhante o futuro se tornar mais sombrio igualmente será. Se crescerem
as liberdades das elites crescerão as desigualdades e se crescer a igualdade
popular geral com ela diminuirá a liberdade das elites, A MENOS QUE AMBAS
CRESÇAM JUNTAS.
Portanto,
se pudermos administrar as coisas da mente humana, para proporcionar alívio a
lancinantes dores psicológicas, COM CERTEZA poderemos também construir
pesadelos terríveis, assombrações apavorantes. Se pudermos controlar as dores
aprenderemos como fazê-las se apresentarem no corpomente humano.
Pois
para cada órgão externo do corpo humano há uma correspondência interna na
mente. Há um olho-do-corpo e um olho-da-mente. Se há um sistema auditivo
externo, há um sistema auditivo interno. Dominar o SAI é poder provocar na
mente sons que nunca foram gerados fora. Havendo um sistema visual externo e um
sistema visual interno, dominar a este é poder construir quaisquer imagens, que
nunca estiveram no mundo exterior. Como saberemos o que é real e o que é
fictício?
As
dores poderão ser construídas dentro do cérebro humano, com as tenebrosas
conseqüências previsíveis. São perspectivas assombrosas mesmo.
Vitória,
terça-feira, 24 de setembro de 2002.
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