Água na Lua
No
livro O Sistema Solar (viagem ao reino do Sol através das mais recentes
conquistas espaciais), Rio de Janeiro, Ediouro, 2002, p. 106, o autor Alberto
Delerue diz: “A confirmação da
existência de água na Lua só foi possível graças aos dados transmitidos por
outra sonda automática, a Lunar Prospector, lançada em 6 de janeiro de 1998.
Orbitando acima de ambos os pólos lunares, a uma altitude de 100 km, essa sonda
automática detectou a inequívoca presença de imensos depósitos de água
congelada no pólo norte do satélite. Aliás, mais do que o dobro
anteriormente encontrado no pólo oposto. As primeiras estimativas indicaram um
total de aproximadamente 33 milhões de toneladas de gelo em ambas as regiões”,
grifo meu. E adiante: “Tais descobertas – tanto na Lua como em Mercúrio –
parecem desautorizar a crença de que esses corpos celestes sejam mundos secos e
desolados”. E acima: “(...) a uma surpreendente suspeita: a existência, em
nosso satélite, de vastos depósitos de gelo naquelas profundezas”.
A
questão é que por centenas de anos os cientistas e os técnicos associados aos
delírios deles disseram taxativamente, com completa certeza, que não havia água
na Lua, sob qualquer de suas formas; que a Lua era completamente seca, estéril,
hostil à vida humana; que toda água deveria ser levada da Terra.
Tudo
isso demonstrou ser mentira, pesadelos dos tecnocientistas, e uma tentativa a
mais de dominar e castrar os pensamentos alternativos. De exercer hegemonia
indevida sob os horizontes humanos, sob a qualidade e a quantidade do
pensamento da humanidade.
Porque
é que lhes demos e os tecnocientistas se atribuíram liberdades desse teor e
nesse montante? Como fomos imprudentes assim? Bastam alguns séculos ou até
algumas décadas para que esqueçamos as lições geo-históricas de precaução sobre
dar as rédeas do info-controle a qualquer empresa, grupo, família ou indivíduo
em particular. Ou aos ambientes. Nós bem sabíamos, das experiências anteriores,
que isso é errado, e mesmo assim, por os T/C nos darem alguns prazeres ou
alguns confortos, lhes demos quase total controle sobre a administração da
informação terrestre. Assim, eles dizem que na Lua não há água e nós
acreditamos. Eles dizem que não há vida nas profundezas dos oceanos e
acreditamos. Eles dizem tantas coisas que depois são provadas erradas, meros
sonhos, quando não pesadelos, bad dreams, sonhos ruins, sonhos maus.
Em
vez de ir lá e testar, testar seguidamente e mesmo assim continuar testando,
porque é isso que o método científico nos diz e Popper nos previne quanto à
indução, eles acreditam em suas vontades de que haja isso e aquilo e negam aos
demais seres humanos oportunidades de pensar, como vem fazendo com relação a
tantos assuntos, por exemplo, quanto ao misticismo, quanto às coisas de Magia,
etc.
Enfim,
são uns ditadores como quaisquer outros.
O
que aborrece é pensar nas coisas que deixamos de pensar ou de desejar porque os
tecnocientistas nos disseram que era impensável ou indesejável. Pense em como o
mundo se tornou uma coisa bem menor do que poderia ser e quantos pensamentos
não foram abrigados, em razão das impertinências dos T/C.
Que
isso nos sirva de lição.
Vitória,
terça-feira, 24 de setembro de 2002.
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