sexta-feira, 30 de dezembro de 2016


Água na Lua

 

                            No livro O Sistema Solar (viagem ao reino do Sol através das mais recentes conquistas espaciais), Rio de Janeiro, Ediouro, 2002, p. 106, o autor Alberto Delerue diz:  “A confirmação da existência de água na Lua só foi possível graças aos dados transmitidos por outra sonda automática, a Lunar Prospector, lançada em 6 de janeiro de 1998. Orbitando acima de ambos os pólos lunares, a uma altitude de 100 km, essa sonda automática detectou a inequívoca presença de imensos depósitos de água congelada no pólo norte do satélite. Aliás, mais do que o dobro anteriormente encontrado no pólo oposto. As primeiras estimativas indicaram um total de aproximadamente 33 milhões de toneladas de gelo em ambas as regiões”, grifo meu. E adiante: “Tais descobertas – tanto na Lua como em Mercúrio – parecem desautorizar a crença de que esses corpos celestes sejam mundos secos e desolados”. E acima: “(...) a uma surpreendente suspeita: a existência, em nosso satélite, de vastos depósitos de gelo naquelas profundezas”.

                            A questão é que por centenas de anos os cientistas e os técnicos associados aos delírios deles disseram taxativamente, com completa certeza, que não havia água na Lua, sob qualquer de suas formas; que a Lua era completamente seca, estéril, hostil à vida humana; que toda água deveria ser levada da Terra.

                            Tudo isso demonstrou ser mentira, pesadelos dos tecnocientistas, e uma tentativa a mais de dominar e castrar os pensamentos alternativos. De exercer hegemonia indevida sob os horizontes humanos, sob a qualidade e a quantidade do pensamento da humanidade.

                            Porque é que lhes demos e os tecnocientistas se atribuíram liberdades desse teor e nesse montante? Como fomos imprudentes assim? Bastam alguns séculos ou até algumas décadas para que esqueçamos as lições geo-históricas de precaução sobre dar as rédeas do info-controle a qualquer empresa, grupo, família ou indivíduo em particular. Ou aos ambientes. Nós bem sabíamos, das experiências anteriores, que isso é errado, e mesmo assim, por os T/C nos darem alguns prazeres ou alguns confortos, lhes demos quase total controle sobre a administração da informação terrestre. Assim, eles dizem que na Lua não há água e nós acreditamos. Eles dizem que não há vida nas profundezas dos oceanos e acreditamos. Eles dizem tantas coisas que depois são provadas erradas, meros sonhos, quando não pesadelos, bad dreams, sonhos ruins, sonhos maus.

                            Em vez de ir lá e testar, testar seguidamente e mesmo assim continuar testando, porque é isso que o método científico nos diz e Popper nos previne quanto à indução, eles acreditam em suas vontades de que haja isso e aquilo e negam aos demais seres humanos oportunidades de pensar, como vem fazendo com relação a tantos assuntos, por exemplo, quanto ao misticismo, quanto às coisas de Magia, etc.

                            Enfim, são uns ditadores como quaisquer outros.

                            O que aborrece é pensar nas coisas que deixamos de pensar ou de desejar porque os tecnocientistas nos disseram que era impensável ou indesejável. Pense em como o mundo se tornou uma coisa bem menor do que poderia ser e quantos pensamentos não foram abrigados, em razão das impertinências dos T/C.

                            Que isso nos sirva de lição.

                            Vitória, terça-feira, 24 de setembro de 2002.

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