quinta-feira, 29 de dezembro de 2016


QI (m)

 

                            Como vimos em Diz Gabriel, Livro 8, deve haver uma forma de medir a inteligência manifestada; não a totalidade dela, a que seria apresentada em caso de perigo extremo, mas a que é mascarada por jogo/papel de cada um, pela máscara que usamos no dia-a-dia.

                            Tal índice, QI (m), Quociente de Inteligência manifestada, diz respeito à mensuração do interesse de cada um pelo próximo, quanto a pessoa sai de suas vontades egoístas, centradas no EGO ou EU. Enfim, quanto ela se dá, se projeta no mundo. Ele é quase zero no nível 1, do povo, e vai subindo nos níveis superiores: 2, lideranças, 3, profissionais, 4, pesquisadores, 5, estadistas, 6, santos e sábios e 7, iluminados, onde ela é máxima.

                            Deve se seguir que a inteligência total é importante, aquela que é definida pelo QI (Quociente de Inteligência), mais propriamente QIT (T, de Total), mas a inteligência manifestada é mais, ela é fundamental, porque um gênio egótico é a pior herança da humanidade.

                            Como essa QI (m) pode ser visualizada?

                            Pelos índices de Gabriel, através da falta de interesse por si, ou seja, pela presumida beleza da pessoa, por cuidados exagerados com o corpo, por desenvolvimentos excessivos dos sentidos.

                            Então, ao entrevistar alguém para emprego, devemos perguntar para quê queremos tal indivíduo, se para memória, inteligência ou controle, em primeiro lugar. Se para uso de inteligência, a total ou a manifestada? Os índices da QI(m), já o sabemos, são estes: 1) simplicidade ou em extremo até desleixo no vestir, no calçar, no pentear, na limpeza ou asseio, na falta de adereços, bijuterias ou jóias; 2) a ausência de beleza, que toma muito tempo para manter, na tentativa (inútil) de perpetuá-la; 3) atenção demais ao prazer dos sentidos, através de todas as tecnartes do corpo (da visão: poesia, prosa, pintura, desenho, fotografia, dança, moda, etc.; do olfato: perfumaria, etc.; do paladar: comidas, bebidas, pastas, temperos, etc.; da audição: músicas, discursos, etc.; do tato, sentido central: cinema, teatro, arquiengenharia, urbanismo, paisagismo/jardinagem, decoração, esculturação, tapeçaria, etc.).

                            Todas essas são pessoas autocentradas, que tiram mais do que dão à coletividade de trabalho. O contrário vale para as outras, elas dão mais do que recebem, são altruístas, pré-ocupadas com o OUTRO EU, o alter ego. Estão na condição de devedores à sociedade os níveis de 1 a 3, de credores os de 5 a 7 e na transição o nível 4, dos pesquisadores (mestres doutores e pós-doutores). Os estadistas, os santos e sábios e os iluminados constroem, enquanto o povo, as lideranças e os profissionais tomam. Como diz Gabriel, a mensagem genética (devemos dizer psicológica) que fica na geo-história do mundo são as dos níveis 5, 6 e 7, dos doadores de si, que doam suas vidas à civilização da humanidade, não dos que tomam dos outros, esses que recebem vida dos demais.

                            Ter inteligência total nada nos diz, especialmente, porque essa pessoa pode ser profundamente autocentrada e só tirar do conjunto, nada dando em troca. Está no mundo como um parasita da Árvore da Vida.

                            Podemos dizer que há três grupos de seres humanos: 1) os que dão, e são os melhores; 2) aqueles cuja soma é zero, que tanto dão quanto recebem; 3) os que recebem mais do que dão, e são carregados pelos demais – os exploradores. Naturalmente o quarto tipo prefere não participar do jogo/papel.

                            Vai daí que, na hora da entrevista para o emprego, precisamos saber do que necessitamos ali, de qual dos três tipos básicos.

                            Os psicólogos vão saber identificar, por um questionário, o tipo de pessoa indicada para cada cargo: manifestação da figura ou psicanálise; manifestação dos objetivos ou psico-síntese; manifestação da economia ou produção; manifestação da sociologia ou organização; manifestação do espaçotempo ou geo-história.

                            Podemos achar símbolos para cada grupo: Ψ+ (para os que somam), Ψo (para os de soma zero), Ψ- (para os que subtraem) e Ж (para o desenho ausente). Aí podemos graduar pelos quesitos, ou como 10 ou como 100, por exemplo, 10Ψ+, o máximo de autodoação, ou 81Ψ- (começando em 11, quando for percentual), elevada autocentração, exagerada autoestima.

                            Com tal guia é possível facilmente aos psicólogos escolher um índice padrão e os quesitos de medição efetiva para os empregos e as tarefas.

                            Vitória, terça-feira, 3 de setembro de 2002.

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