QI (m)
Como vimos em Diz Gabriel, Livro 8, deve haver uma
forma de medir a inteligência manifestada; não a totalidade dela, a que seria
apresentada em caso de perigo extremo, mas a que é mascarada por jogo/papel de cada
um, pela máscara que usamos no dia-a-dia.
Tal índice, QI (m), Quociente de Inteligência
manifestada, diz respeito à mensuração do interesse de cada um pelo próximo,
quanto a pessoa sai de suas vontades egoístas, centradas no EGO ou EU. Enfim,
quanto ela se dá, se projeta no mundo. Ele é quase zero no nível 1, do povo, e
vai subindo nos níveis superiores: 2, lideranças, 3, profissionais, 4,
pesquisadores, 5, estadistas, 6, santos e sábios e 7, iluminados, onde ela é
máxima.
Deve se seguir que a
inteligência total é importante, aquela que é definida pelo QI (Quociente de
Inteligência), mais propriamente QIT (T, de Total), mas a inteligência
manifestada é mais, ela é fundamental, porque um gênio egótico é a pior herança
da humanidade.
Como essa QI (m)
pode ser visualizada?
Pelos índices de
Gabriel, através da falta de interesse por si, ou seja, pela presumida
beleza da pessoa, por cuidados exagerados com o corpo, por desenvolvimentos
excessivos dos sentidos.
Então, ao
entrevistar alguém para emprego, devemos perguntar para quê queremos tal
indivíduo, se para memória, inteligência ou controle, em primeiro lugar. Se
para uso de inteligência, a total ou a manifestada? Os índices da QI(m), já o
sabemos, são estes: 1) simplicidade ou em extremo até desleixo no vestir, no
calçar, no pentear, na limpeza ou asseio, na falta de adereços, bijuterias ou
jóias; 2) a ausência de beleza, que toma muito tempo para manter, na tentativa
(inútil) de perpetuá-la; 3) atenção demais ao prazer dos sentidos, através de
todas as tecnartes do corpo (da visão:
poesia, prosa, pintura, desenho, fotografia, dança, moda, etc.; do olfato: perfumaria, etc.; do paladar: comidas, bebidas, pastas,
temperos, etc.; da audição: músicas,
discursos, etc.; do tato, sentido
central: cinema, teatro, arquiengenharia, urbanismo, paisagismo/jardinagem,
decoração, esculturação, tapeçaria, etc.).
Todas essas são
pessoas autocentradas, que tiram mais do que dão à coletividade de trabalho. O
contrário vale para as outras, elas dão mais do que recebem, são altruístas,
pré-ocupadas com o OUTRO EU, o alter ego. Estão na condição de devedores à
sociedade os níveis de 1 a 3, de credores os de 5 a 7 e na transição o nível 4,
dos pesquisadores (mestres doutores e pós-doutores). Os estadistas, os santos e
sábios e os iluminados constroem, enquanto o povo, as lideranças e os
profissionais tomam. Como diz Gabriel, a mensagem genética (devemos dizer
psicológica) que fica na geo-história do mundo são as dos níveis 5, 6 e 7, dos
doadores de si, que doam suas vidas à civilização da humanidade, não dos que
tomam dos outros, esses que recebem vida dos demais.
Ter inteligência
total nada nos diz, especialmente, porque essa pessoa pode ser profundamente
autocentrada e só tirar do conjunto, nada dando em troca. Está no mundo como um
parasita da Árvore da Vida.
Podemos dizer que há
três grupos de seres humanos: 1) os que dão, e são os melhores; 2) aqueles cuja
soma é zero, que tanto dão quanto recebem; 3) os que recebem mais do que dão, e
são carregados pelos demais – os exploradores. Naturalmente o quarto tipo
prefere não participar do jogo/papel.
Vai daí que, na hora
da entrevista para o emprego, precisamos saber do que necessitamos ali, de qual
dos três tipos básicos.
Os psicólogos vão
saber identificar, por um questionário, o tipo de pessoa indicada para cada
cargo: manifestação da figura ou psicanálise; manifestação dos objetivos ou
psico-síntese; manifestação da economia ou produção; manifestação da sociologia
ou organização; manifestação do espaçotempo ou geo-história.
Podemos achar
símbolos para cada grupo: Ψ+ (para os que somam), Ψo (para os de soma zero), Ψ-
(para os que subtraem) e Ж (para o desenho ausente). Aí podemos graduar pelos
quesitos, ou como 10 ou como 100, por exemplo, 10Ψ+, o máximo de autodoação, ou
81Ψ- (começando em 11, quando for percentual), elevada autocentração, exagerada
autoestima.
Com tal guia é
possível facilmente aos psicólogos escolher um índice padrão e os quesitos de
medição efetiva para os empregos e as tarefas.
Vitória,
terça-feira, 3 de setembro de 2002.
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