O Jogo do Demônio
Conforme
eu já disse algumas vezes, o demônio não quer apenas fazer o mal às pessoas
(indivíduos, famílias, grupos e empresas), porque isso qualquer um é capaz; lhe
interessa, sobretudo, tornar cada um propagador ou vetor do mal, endemoniar as
criaturas.
Mas,
onde é o campo de jogo do Demônio (em maiúsculas conjunto ou grupo ou família
de demônios)?
É
em todos e em cada um, especialmente naqueles que se julgam livres de posse ou
domínio = DEMÕNIO, na Rede Cognata. Especialmente nestes, nos orgulhosos, nos
que se acreditam distantes de qualquer orientação.
Racionalmente
essa coisa de demônio existe?
Observe
que há o dicionárienciclopédico, que se divide em dicionário e em enciclopédia
- aquele de palavras, esta de figuras. O dicionário, por sua vez, se divide em
dois, também, o lado claro e o lado escuro. Neste há a perversidade de fundo
humano, que os seres podem praticar – ou seja, há uma gradação e uma graduação
do mal – e aquilo que estaria além de nós, mas seria racionalidade ainda, pelo
menos em potência? Por exemplo, na pontescada temos Física/Química,
Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6,
todas sendo ciências. Daí vamos ao Conhecimento geral: Matemática,
Ciência/Técnica, Filosofia/Ideologia, Teologia/Religião e Magia/Arte. É vasto.
Ora, mesmo que o ser humano seja ainda psicologia, razão humana, há EM
POTENCIAL o Mal absoluto, de grau superior, perto do Infinito. Acontece que, da
totalidade das inteligências ou conceitos ou estruturas humanas, agindo no
interior das formas ou superfícies ou sentimentos, uma parte vai fazendo, mesmo
se não conduzindo organizada e organicamente a sua construção, caótica que
seja, e operando como frações daquela potência máxima em Mal. Então, por via de
conclusão, devemos esperar que vetores (mais ou menos extensos) possam ser
considerados construtores ou operadores daquele Mal potencial máximo, absoluto.
QED, o Mal existe. E opera através dos seres humanos. DE TODOS os seres
humanos, menos um, que ele não consegue vencer, por mais que faça. Veja que o
Demônio tentou Cristo no deserto. Tentou, mas não conseguiu.
Ainda
assim tentou.
Se
Cristo foi tentado, que dirá dos seres humanos?
Devemos
concluir que cada ser humano é campo de jogo do demônio, que opera em bilhões
de linhas ao mesmo tempo, muito além daquele filme de Al Pacino. Como não
existem nem passado nem futuro, ele pode livremente alterar as linhas de
programação do presente, a seu bel prazer.
E
aqui não estou falando misticamente, de modo algum. É raciocínio
lógico-dialético, dialógico, PORQUE deve haver 50 % que operam
desconstrutivamente, quer dizer, ao contrário – a ferrugem da Máquina.
Vitória,
quinta-feira, 12 de setembro de 2002.
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