Sustentação da Palavra
Há que
sustentar a Palavra geral.
Não só no
sentido de honrar, o que agora é feito por poucos, como no sentido da palavra
preciosa, a língua-diamante com que expressamos a realidade nossa de cada ano,
cada mês, cada dia, cada hora, cada minuto, cada segundo (coloquei todos para
você ver como dou importância, dou imprescindibilidade).
O PRAZER DAS PALAVRAS (Um Olhar bem-humorado sobre a Língua Portuguesa), Porto
Alegre, L&PM, 2007 – existem vários de outros autores, tenho alguns.
Não sei quem
é o autor, não conheço a editora.
AS LÍNGUAS E SEUS VOCÁBULOS BRILHANTES (com eles você pode fazer todo tipo de composição; dizem
o Google
Livros e o Projeto Gutenberg que existe 150 milhões de livros, quer dizer,
150 milhões de salas de aula - sem falar em memorandos, que aí já são
incontáveis, e e-mail, ah, meu Deus, aí já nem sei)
Mundo
Estranho
Qual é o idioma com mais vocábulos?
Tudo leva
a crer que seja a língua inglesa, com um número total de palavras estimado
entre 500 mil e 1,2 milhão. "Mas não dá para ter certeza, pois as
estatísticas que temos levam em conta apenas uma minoria de línguas. Além
disso, a contagem do léxico é muito difícil de ser feita. Um exemplo é o
alemão, rico em palavras compostas que costumam ser contadas como um único
termo", afirma o linguista Bruno Dallari, da Pontifícia Universidade
Católica (PUC), de São Paulo. Uma das explicações para o inglês ser o campeão
está no número de países que falam a língua (45 nações, somando 322 milhões
de habitantes) e na imensa profusão de dialetos. O linguista Deonisio da
Silva, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), concorda que é
impossível saber ao certo quantas palavras tem cada idioma. "Os
dicionários registram palavras fora de uso e deixam de mencionar muitos novos
vocábulos", diz Deonisio.
Segundo
ele, o português - falado na América, na Europa, na Ásia e na África por
cerca de 220 milhões de pessoas - poderia facilmente ser incluído entre as
línguas mais numerosas, com mais de 400 000 vocábulos.
[Como
disse alguém, esse texto está errado, porque só de americanos existem 320
milhões, sem falar dos 60 milhões de ingleses, os 35 milhões de canadenses
(alguns falam duas línguas), os 23 milhões de australianos, os sul-africanos,
os hindus, etc].
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Aprendendo Línguas
[É interessante ver que não fizeram ou se fizeram não mostraram
levantamento minucioso e geral das línguas, o nosso mais importante,
fundamental instrumento de entendimento].
Quadro
Europeu Comum de Referência para Línguas
Qual é o seu nível de fluência no idioma que você está
estudando?
É comum as pessoas responderem essa
pergunta como “nível básico”, “intermediário” ou até mesmo “fluente”. Mas o
que quer dizer cada uma dessas respostas? São respostas vagas demais e que
podem ter significados muito diferentes para cada pessoa.
Atualmente, a melhor forma para se
ter um entendimento comum sobre um nível de fluência em um idioma é usar como
referência o Quadro
Europeu Comum de Referência para Línguas, ou simplesmente CEFR (Common European Framework of Reference
for Languages).
O Quadro Europeu Comum de Referência
para Línguas é o resultado de 20 anos de pesquisas do Conselho Europeu. É uma ferramenta para classificar
os conhecimentos de um idioma da maneira mais objetiva possível, de forma que
os diferentes credenciamentos linguísticos sejam similares. Ele é largamente
utilizado como referência na Europa, e cada vez mais usados em países da Ásia
e Américas. Para isso são estabelecidos três níveis que se dividem, por sua
vez, em subníveis para se chegar uma escala mais precisa com um total de seis
níveis.
A: Falante Básico
É aquele que consegue comunicar-se
através de frases simples, mas que ainda não tem independência suficiente
para articular um discurso. Utiliza enunciados simples e compreende
expressões, desde que se trate de um tema que seja familiar e não se entre em
detalhes técnicos.
A1: Iniciante
– Consegue entender e usar
expressões familiares do dia-a-dia e frases bem básicas, visando satisfazer
necessidades concretas.
– Consegue apresentar-se, assim como
apresentar os outros, fazer e responder perguntas sobre detalhes pessoais como:
onde mora, pessoas que conhece e coisas que possui.
– Consegue interagir de forma
simples, se a outra pessoa falar lenta e claramente e com paciência para
ajudar.
A2: Básico
– Consegue entender sentenças e
expressões frequentes relacionadas a áreas de relevância imediata (por
exemplo, informações pessoais e familiares básicas, compras, localidades
geográficas, emprego, etc.).
– Consegue se comunicar em tarefas
simples e em rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e
direta sobre assuntos que lhe são familiares e habituais.
– Consegue descrever em termos
simples aspectos do meio ao seu redor e se referir a assuntos relacionados
com necessidades imediatas.
B: Falante independente
É aquele que consegue manejar o
idioma com o grau de fluidez e independência necessário sem tornar um esforço
a comunicação com um interlocutor nativo. É capaz de compreender qualquer
texto escrito, ainda que trate de aspectos técnicos, e dar sua opinião sobre
temas da atualidade.
B1: Intermediário
– Consegue entender os pontos
principais, quando em contato com linguagem usual e familiar (no ambiente de
trabalho, escola, laser, etc.).
– Consegue lidar com a maioria das
situações que possivelmente podem ocorrer em viagens onde a língua é falada.
– Consegue produzir um discurso
simples e coerente sobre assuntos que lhe são familiares ou de interesse
pessoal.
– Consegue descrever experiências e
eventos, sonhos, esperanças e ambições, e dar breves razões e explicações de
suas opiniões e planos.
B2: Independente
– Consegue entender as ideias
principais de textos complexos em tópicos concretos e abstratos, incluindo
discussões técnicas em sua área de especialização.
– Consegue interagir com um grau de
fluência e espontaneidade de modo que conversas com falantes nativos ocorra
sem esforço por nenhuma das partes.
– Consegue produzir textos claros e
detalhados em temas diversos e explicar um ponto de vista em um assunto,
expondo as vantagens e desvantagens de várias opções.
C: Falante Proficiente
O falante proficiente é aquele que
possui um nível de domínio da língua que lhe permite
expressar-se de forma precisa
enfatizando o significado dos conceitos. É capaz de compreender o que escuta
ou lê sem esforço. Tratam com fluência temas complexos sem que se note que
estão procurando a palavra adequada.
C1: Proficiência Operativa Eficaz
– Consegue entender um vasto número
de textos longos e complexos, sendo capaz de reconhecer significados
implícitos.
– Consegue se expressar fluente e
espontaneamente sem se esforçar para encontrar palavras adequadas.
– Consegue usar a língua com
flexibilidade e eficazmente para propósitos sociais, acadêmicos e
profissionais.
– Consegue produzir textos
complexos, claros e bem estruturados, demonstrando um domínio de mecanismos
de organização, de articulação e de coesão do discurso.
C2: Domínio Pleno
– Consegue entender com facilidade
praticamente tudo que ouve e lê.
– Consegue resumir informações de
diferentes fontes faladas e escritas, reconstruindo argumentos e fatos em uma
apresentação coerente.
– Consegue se expressar como
espontaneidade, fluidez e precisão.
– Consegue distinguir finas
variações de significados, inclusive nas situações mais complexas.
Conclusão
Eu gosto de usar o CEFR como uma
forma de definir objetivamente minhas metas fluência em um idioma que eu
estou estudando. Quando eu quiser, posso facilmente encontrar um exame de
certificação para testar se cheguei no nível desejado.
Acho que o nível B1 é suficiente
para passar as férias em um país do idioma alvo e se virar muito bem. O B2 é
o nível que costuma ser exigido por várias universidades da Europa para
aceitar estudantes estrangeiros. Para mim o nível C1 já pode ser considerado
como fluente, e é o nível que eu tenho como meta nos idiomas que eu estudo.
Eu não tenho planos para alcançar o nível C2 em nenhum dos meus idiomas, acho
que é muito audacioso, pois é um nível próximo de nativos com formação
superior (claro que podendo manter ainda um sotaque).
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Fora a
RELIGIO universal (veja de ainda agora Os
Pecadores e a Reunião), não sei qual seria tarefa mais importante para
todos os humanos que isso de definir suas línguas, especialmente para os
brasileiros, que desprezamos tanto a nossa, o que é acabrunhador, aflitivo,
atormentador. Para o português, expressar nesses níveis europeus de
proficiência, de falante básico a domínio pleno C2, P2 (poucos estariam nessa
condição, inclusive eu não chegaria nem perto, mas pretendo chegar).
Serra,
domingo, 15 de novembro de 2015.
GAVA.
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