quinta-feira, 15 de dezembro de 2016


Toda Facilidade o Torna Mais Fraco

 

Dizem os tecnocientistas que há 70 ou 75 mil anos, na explosão do supervulcão Toba, restaram apenas 2,0 mil seres humanos, quer dizer, 500 casais – aqueles foram os seres humanos mais fortes de todos os tempos [mais que os primeiros Homo sapiens, sapiens que, embora CROM (cro-magnons) cercados de NEMAY (neandertais de Eva Mitocondrial e Adão Y), por não se distinguirem tanto deles não eram inicialmente atacados].

AQUI DIZ DIFERENTE

Teoria da catástrofe de Toba
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
De acordo com a teoria da catástrofe de Toba, 70 mil a 80 mil anos atrás um evento supervulcânico no Lago Toba, em Sumatra, reduziu a população humana mundial a 10 mil ou talvez a meros mil casais, criando um efeito de gargalo na evolução humana. A teoria foi proposta em 1998 por Stanley H. Ambrose da University of Illinois at Urbana-Champaign.[1][2][3]
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De lá para cá - mais precisamente desde 12 mil anos com a primeira cidade, Jericó, e o fim da glaciação -, os humanos prosperaram muito e agora temos todo gênero de suporte, o que nos torna cada vez mais fracos e socialmente mimados.

UM MUNDO DE AMPAROS TECNARTÍSTICOS, A PONTO DE NOS SUFOCAR

TÉCNICA-ARTE
FRAÇÕES
TOTAL
Artes da AUDIÇÃO (2)
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Músicas, discursos, etc.
2
Artes da VISÃO (9)
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Poesia, prosa, pintura (a dos corpos femininos fica aqui, como também tatuagens, mas não piercings), desenho (inclusive caligrafia), fotografia, dança, moda, PAINÉIS (mosaicos, vitrais), LABIRINTOS (jogos), etc.
11
Artes do OLFATO (1)
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Perfumaria, etc.
12
Artes do PALADAR (4)
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Comidas, bebidas, pastas, temperos, etc.
16
Artes do TATO (10), sentido central.
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Arquiengenharia, cinema, teatro, esculturação (inclusive ourivesaria; os piercings entram aqui – não há porque não apelar aos outros sentidos, além da visão), decoração (inclusive do corpo feminino, todo tipo de roupa, chapéu, sapatos, etc.), paisagismo/jardinagem (TOPIARIA), urbanismo, tapeçaria (inclusive macramé), PROPAGANDA (veja que eles não usam a totalidade dos sentidos, mas poderiam fazê-lo, com grande proveito), TESSITURA (não há porque não apelar aos outros sentidos, inclusive olfato com perfumes) etc.
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De toda parte a mídia (Rádio, Revista, TV, Livro-Editoria, Cinema, Jornal, Internet) nos traz notícias, inclusive essa incrível superestrada do info-controle, a Web, por vezes biruta, a Webiruta. Tenho mais livros do que conseguirei ler, tendo tempo. Já falei das 500 TV oferecidas para quem saiba ouvir em outras línguas, ainda há pouco falei da Rede geral de vícios em Direção-Sentido do Ego de Sensações ou A Rede de Prazeres. Milhares de filmes são oferecidos em nossas casas. Se você não quiser pagar para ter, pode ir ler os livros em bibliotecas ou através dos e-livros.

Não será por falta de ofertas que você não terá ocupados todos os minutos de vigília de sua vida.

As PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos, empresas) estão ficando cada vez mais mimadas, supexigentes no sentido de quererem tudo a todo instante e sem fazer esforço: o resultado é a civilização superenfraquecida que poucos veem. Quando o conflito geral chegar (previ em 1997 para 2019, começo na China) será arrasador.

Vitória, quinta-feira, 15 de dezembro de 2016.

GAVA.

 

SUPERMIMOS

Ligia Deslandes

Uma geração de crianças da elite super mimadas cresceu… E agora?

Uma geração de crianças da elite super mimadas cresceu… E agora?
8 de julho de 2016

A experiência contada pelo Rafael Mansur no site Radar Escola mostra por que estamos tendo uma geração de robôs idiotizados nas redes sociais e nas instituições.

Não é a toa que temos procuradores e juízes no Judiciário Brasileiro que colocam vingança e partidarização acima das leis e da justiça.

Não é por acaso que temos políticos tão infantis que só pensam em si e não no país.

Os mimados da Elite Brasileira e todos que eles influenciaram.

Uma geração de mimados está Ministério Público, no Judiciário e das instituições brasileiras. Você acha que não tem nada a ver? Como tem…

Concordo com o texto do Rafael, mas, discordo de uma coisa, que essa seja a primeira geração de mimados. Muitas gerações aconteceram para que essa se desenvolvesse. Gerações e gerações de uma cultura onde a elite sempre cultuou seus monstros: a exclusão, a desigualdade, a injustiça, o oportunismo, o apadrinhamento, a exploração.

Os adultos dessa elite foram treinados a ver as coisas sob o ângulo do dinheiro e do que ele favorece. São egoístas, arrogantes e rancorosos. Deixaram de lado a humanidade e a dignidade. É triste, mas, é verdade! Estamos vendo isso, infelizmente.

Antes de tudo, olá, me chamo Rafael Mansur.

Sou editor e criador do Radar Escola, escrevo para o site todas as segundas-feiras. Escreverei sobre tudo e sobre todos (desde que tenha educação no meio). Optei escrever, em minha estreia, sobre um fato que eu tenho observado e cada vez me choca mais: adulto mimado.

Trabalho em uma escola particular com famílias classe A e B, idade entre 26 e 37 anos. Vejo de tudo lá, tudo mesmo… e a coisa que mais tenho visto ultimamente é criança mandando em pai e mãe e pai e mãe tentando mandar na escola.

Tudo começa quando essa geração adulta de hoje, quando criança, foi um pouco mimada. Pouco não, super mimada. Eles cresceram junto à ascensão financeira de boa parte das famílias brasileiras, eles cresceram vendo vídeo game se popularizar, TV a Cabo se tornar real, carrinho de controle remoto aos montes. Essa geração cresceu vendo Xou da Xuxa e desejando tudo que lá aparecia. Essa geração teve a adolescência marcada com a popularização do Windows 95, popularização do celular e aparecimento dos primeiros e-commerces. A grande questão é que essa geração não só viu isso, ela desejou isso, e ganhou muito disso.

Eles foram os primeiros super mimados. Cresceram com a ideia de que tudo a eles poderia pertencer. Qualquer coisa basta bater o pé no chão, cruzar os braços e pronto… ganhou.

Certa vez na escola em que trabalho criamos um álbum de figurinhas no qual os alunos e alunas eram as figurinhas. Deu o maior trabalho fotografar todo mundo, conferir e mandar para a gráfica. Faltando 1 semana para lançar o álbum entrou um aluno novo. A mãe (dessas mimadas que estou falando) pediu para inserir o rapaz no álbum. Já tínhamos impresso mais de 14.000 figurinhas, 300 álbuns, empacotado tudo etc. Eu respondi:  Não.

A cena a seguir foi assustadora. A mãe falou: mas vai ter todo mundo menos ele? Se for assim eu não quero esse álbum.

Para visualizar melhor, eu descrevo como estava a postura corporal da pobrezinha: braços cruzados, cara fechada, um bico enorme e batendo o pé firme no chão (Parecia que eu me via com 9 anos quando minha mãe não me dava as coisas). Assustado ainda, recuperei o fôlego e disse, realmente não vou poder ajudar. Já está tudo impresso, é impossível eu refazer este álbum.

Se você que está lendo o texto achou que a cena da pirraça era ridícula, veja o que aconteceu:

- Eu pago! Eu pago todos os álbuns, as figurinhas novas, pago tudo! Mas quero meu filho no álbum!

Eu disse novamente que era impossível, a mãe pegou as coisas dela para ir embora, pegou a mochila da criança e com os olhos cheios de lágrima (é sério) me disse que faria o próprio álbum para o filho dela não sentir.

Você deve está achando que a criança tinha 7 ou 8 anos. Não! Ela tinha 2. Nem sabia direito o que era figurinha. A dor toda era da mamãe mimada.

O que me preocupa de fato é saber que este não é um caso isolado. Não sei se a mãe fez o tal álbum (provavelmente fez), mas ela é uma adulta que não sabe aceitar as dores que a vida nos oferece, prefere burlar. Quer ter tudo e acha que tudo a pertence. O problema maior é que uma criança está sendo criada com esse pensamento, está crescendo com a visão de mundo mimada.

Melhor (ou pior) … crianças estão sendo criadas com este pensamento.

Vivem dentro da cultura do descarte, do consumo, vivem em um mundo camuflado de presentes de compensação de faltas.

A primeira geração de crianças super mimadas cresceu e se reproduziu. As crianças fruto dessa reprodução estão sendo mimadas ao triplo. Nos resta agora esperar o dia em que veremos um adulto rolar no chão na fila do restaurante porque não liberaram ainda sua mesa.

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