Mídia dos Pensadores
Cheguei à conclusão
de que este planeta pensa pouco, muito pouco, desesperadamente pouco. Insignificantemente
pouco mesmo. Não que não existam alguns excelentes pensadores na Magia/Arte, na Teologia/Religião, na
Filosofia/Ideologia, na Ciência/Técnica e na Matemática, e até nas 6,5 mil
profissões altas e baixas. Há, felizmente há, alguns até graciosamente
competentes – é belo de ver.
Entrementes, a
grande massa, o povão nada pensa, e isso eu tributo como culpa grave às elites.
Veja, é preciso
reparar tal erro urgentemente, colocando maciçamente, massivamente os recursos
da mídia (TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro e Internet do Pensamento) a serviço
da elevação da humanidade.
Por princípio a
coisa é tão errada a ponto de chamarem “pensadores” apenas aos filósofos.
Aliás, existe uma série (desde a década dos 1970) da Abril Cultural com esse
nome, Os Pensadores, e lá só existem filósofos.
É erradíssimo pensar assim. Todos os que trabalham o conhecimento são
pensadores. Por sinal todos os seres humanos o são, mas como devemos separar
para implementar, é útil chamar
pensadores apenas ao quartil superior, os 25 % mais, onde quer que estejam,
naqueles domínios já referidos acima.
Os matemáticos são
pensadores, os cientistas são pensadores, os magos são pensadores, todos
aqueles. Pensador é quem se dedica a
preferencialmente pensar, seja em que situação for.
Ora, bolas, ninguém
fez um levantamento sob essa ótica de limites não-sectários, não-restritiva –
objetiva mesmo. Renderá muitas teses de mestrado e doutorado, é claro, em
particular a investigação de porque ninguém adotou tal postura isenta antes.
Por quê os
pensadores pensam com tanto afinco, desprezando sua própria felicidade comum,
até a família, os pleitos sociais, os favores do coletivo? Por quê adentram
noites, trabalhando a troco de verdadeiramente nada sábados, domingos e feriados?
Por quê enfrentam o poder e os ditadores por suas crenças? Esse é o elemento norteante, as perguntas
fundamentais.
Vitória,
terça-feira, 09 de julho de 2002.
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