Uma Coréia
COMPARAÇÃO PRIMÁRIA
CORÉIA
DO
|
PIB
(US$ BILHÕES)
|
ÁREA
MILHARES KM2)
|
POPULAÇÃO
(MILHÕES)
|
PERCAPITA
(US$)
|
NORTE
|
Menos de 25
|
120,5
|
22,4
|
Menos de 800
|
SUL
|
Mais de 407
|
99,2
|
47,1
|
Mais de 8000
|
Até aí fica
parecendo o processo de reunião das duas Alemanhas, a Federal e a Democrática,
aquela rica, esta pobre. Não é, porque nenhuma das duas Alemanhas tinha arsenal
atômico e mísseis que os transportem. A Coréia do Norte tem.
Juntando a
tecnociência nuclear do Norte com a eficiência do Sul teremos uma potência mais
que média muito temível. Certamente a Coréia do Norte está jogando pela
aproximação, mas a Coréia do Sul muito mais, porque se inserirá numa região em
que pertencem ao clube nuclear a Rússia (que vai até o extremo Oriente) e a
China, e a Índia e o Paquistão, um pouco mais distante.
A Alemanha, a Itália
e o Japão estão proibidos de ser rearmarem, principalmente de artefatos,
dependendo dos outros para defesa própria neste setor.
As Coréias não estão
proibidas.
Como no caso das
Alemanha, a rica financiará a pobre numa festa de reirmanização, é claro, uma
alegria, mas por trás disso estará a dupla equiparação: 1) a igualização do
Norte ao Sul em tecnociências e em produção percapita; 2) a igualização do Sul
ao Norte em poderio nuclear. Depois disso ambas dispararão num e noutro
caminho, como uma só, superproduzindo tanto armas nucleares quanto
tecnociências de ponta, as capacidades de uma suprindo a outra. Tremenda
fertilização.
Eis aí uma coisa
realmente a temer. Não é como os dois Vietnans, não é como as duas Alemanhas, é
uma coisa nova, porque, principalmente para o Japão, significará uma população
de 70 milhões, 55 % da sua, COM TECNOCIÊNCIA NUCLEAR, que lhe está vedada. O
Japão não ficará quieto, haverá uma escalada; se o Japão chegar às armas
nucleares a China aumentará seu programa, daí a Índia e o Paquistão, e a
Rússia.
Não é um cenário
bonito.
Vitória,
quinta-feira, 17 de julho de 2003.
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