Um País Engrampado
Como uma carroça de
roça, uma junta de bois em que as rodas são arrastadas (imagem a que chegamos
Gabriel e eu) em vez de rolarem, assim é o nosso sentimento sobre o Brasil. É
como se o país tivesse uma carga pesada demais, além das suas potências, acho
que coisas excessivas colocadas pela burguesia, peso demais para o povo, tudo
se arrasta, em vez de ir andando macio e delicado.
Tudo é moroso, tanto
da parte dos governos quanto das empresas, embora estas menos demoradas que
aqueles, exatamente porque aqueles fornecem a estas seus poucos lubrificantes
provindos dos tributos recolhidos exclusivamente ao povo. Em lugar de
beneficiar a população que têm menos, dela ainda são recolhidos 58 tributos
(pois tudo é descarregado pelas elites nos preços), que só fazem aumentar. Como
já disse há bastante tempo, nascer no Brasil é difícil, é torturante demais, ao
passo que nascer nas nações de primeiro mundo atualmente é fácil (já foi
difícil, eles tiveram suas lutas tremendas, no passado).
No Brasil tudo
engastalha, tudo trava, tudo fica embaraçado, preso mesmo por grampos, nada é
simples como nos outros países. Acho até que a Academia deveria fazer um
levantamento comparado, item por item, sobre como são os procedimentos fora e
dentro do Brasil. Para criar empresas, para criar organizações, para estudar,
para pesquisar, para patentear, para tudo mesmo.
Para colocar uma
empresa é uma luta, para mantê-la mais ainda. Para os trabalhadores
prosseguirem com suas vidas é ainda mais difícil, não há respeito, as empresas
e os governos atrapalham com decisão e firmeza.
Enfim, viver aqui
não é fácil.
Vitória,
quarta-feira, 16 de julho de 2003.
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