sexta-feira, 3 de março de 2017


Tristeza Não Tem Fim...

 

                            Da música, não sei se de Vinicius, “tristeza não tem fim, felicidade sim”, o que não é verdade. A soma é zero PARA TUDO, os dois universos, universo e antiuniverso fechando-se perfeitamente em SZ, Σ = 0, com conservação de todos os números AOS PARES.

                            Assim, tristeza e felicidade, constituindo um par, fazem soma de senóide e cossenóide, em qualquer instante, para todo o conjunto. Como estamos na presença desordenadora do caos, evidentemente as curvas não são perfeitamente simétricas, ou não haveria movimento; pode acontecer de haver transitoriamente mais de tristeza que de alegria, mas a soma deve ser zero ao final.

                            Há períodos agudos em que os ditadores aprisionam nossas almas em terror de dor, mas há momentos recompensadores na vida de todos e de cada um. Ricos, médios-altos, pobres e miseráveis, todos têm sua dose de felicidade. Operários, intelectuais, financistas, militares e burocratas sempre podem acessar a alegria, que é paga com a tristeza. Há uma simetria na Curva do Sino ou de Gauss, de (2,5 + 47,5 + 47,5 + 2,5) %, em que metade está sempre com um excesso de tristeza, enquanto a outra metade passa por fase de excesso de alegria, mas depois há tendência do contrário; mas 1/40 sempre estará permanentemente triste, do ouro lado 1/40 estando sempre alegre. Fora esses, nós todos teremos fases.

                            É claro que a música não estava professando a fé de que a tristeza é permanente, enquanto a felicidade acaba, é só uma declaração poética que reforça a perda do objeto de desejo, e aqui uma oportunidade de lembrar aos pessimistas que mesmo piscinas com água fria ainda agradam aos que gostam delas.

                            Vitória, quinta-feira, 26 de junho de 2003.

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