Tristeza Não Tem
Fim...
Da música, não sei
se de Vinicius, “tristeza não tem fim, felicidade sim”, o que não é verdade. A
soma é zero PARA TUDO, os dois universos, universo e antiuniverso fechando-se
perfeitamente em SZ, Σ = 0, com conservação de todos os números AOS PARES.
Assim, tristeza e
felicidade, constituindo um par, fazem soma de senóide e cossenóide, em
qualquer instante, para todo o conjunto. Como estamos na presença desordenadora
do caos, evidentemente as curvas não são perfeitamente simétricas, ou não
haveria movimento; pode acontecer de haver transitoriamente mais de tristeza
que de alegria, mas a soma deve ser zero ao final.
Há períodos agudos
em que os ditadores aprisionam nossas almas em terror de dor, mas há momentos
recompensadores na vida de todos e de cada um. Ricos, médios-altos, pobres e
miseráveis, todos têm sua dose de felicidade. Operários, intelectuais,
financistas, militares e burocratas sempre podem acessar a alegria, que é paga
com a tristeza. Há uma simetria na Curva do Sino ou de Gauss, de (2,5 + 47,5 +
47,5 + 2,5) %, em que metade está sempre com um excesso de tristeza, enquanto a
outra metade passa por fase de excesso de alegria, mas depois há tendência do
contrário; mas 1/40 sempre estará permanentemente triste, do ouro lado 1/40
estando sempre alegre. Fora esses, nós todos teremos fases.
É claro que a música
não estava professando a fé de que a tristeza é permanente, enquanto a
felicidade acaba, é só uma declaração poética que reforça a perda do objeto de
desejo, e aqui uma oportunidade de lembrar aos pessimistas que mesmo piscinas
com água fria ainda agradam aos que gostam delas.
Vitória,
quinta-feira, 26 de junho de 2003.
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