Tão Pobrezinha Ela
Era
Em 1973 não
tínhamos:
·
Videocassete
e vídeo-locadoras;
·
CD’s
e CD’s-ROM, sem falar nos aparelhos que tocassem os primeiros e aproveitassem
os segundos, aparelhos de som e PC’s, computadores de casa;
·
Internet,
que principiou efetivamente no estrangeiro em 1989 e no Brasil a partir de
1995;
·
MP3
e Kazaa, que trazem músicas através da Rede;
·
Ressonância
magnética e outros exames médicos;
·
Escaneadores
e impressoras caseiras;
·
Carros
com eletrônica embarcada, e uma lista imensa de coisas.
Como nós éramos pobrezinhos, gente!
E, na verdade, NÓS SOMOS, relação ao
futuro.
Pois 1973 era rico em relação a 1943,
este por comparação com 1913 e passada uma geração de 30 anos sempre, para
trás. Como nós fazemos para viver sem o TV widescreen (tela larga 16x9, em
lugar da 12x9), que não tenho ainda, ou a HDTV, não disponível no Brasil, ou as
enciclopédias eletrônicas? Como vivemos agora sem as coisas de daqui a 30 anos?
Vivemos, é claro, e de modo muito
satisfatório.
O modelo diz que as pessoas (indivíduos,
famílias, grupos e empresas) são sempre ricas/pobres, ou vice-versa, PORQUE foi
identificado que ser pobre é não ter, e sempre não teremos, enquanto a riqueza é
sempre relativa, e sempre haverá um maior. Eis aí uma fonte idiota de angústia,
para quem a tem, para aqueles submetidos a ela.
Não éramos pobrezinhos, nem na Idade
Média eram, nem em seis mil antes de Cristo – as pessoas eram ricas daquilo que
tinham (esse é o otimismo, que aproveita; o pessimismo se chicoteia). Sempre
somos ricos, se sabemos viver em alegria.
Vitória, quinta-feira, 26 de junho de
2003.
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