sexta-feira, 3 de março de 2017


Tão Pobrezinha Ela Era

 

                            Em 1973 não tínhamos:

·        Videocassete e vídeo-locadoras;

·        CD’s e CD’s-ROM, sem falar nos aparelhos que tocassem os primeiros e aproveitassem os segundos, aparelhos de som e PC’s, computadores de casa;

·        Internet, que principiou efetivamente no estrangeiro em 1989 e no Brasil a partir de 1995;

·        MP3 e Kazaa, que trazem músicas através da Rede;

·        Ressonância magnética e outros exames médicos;

·        Escaneadores e impressoras caseiras;

·        Carros com eletrônica embarcada, e uma lista imensa de coisas.

Como nós éramos pobrezinhos, gente!

E, na verdade, NÓS SOMOS, relação ao futuro.

Pois 1973 era rico em relação a 1943, este por comparação com 1913 e passada uma geração de 30 anos sempre, para trás. Como nós fazemos para viver sem o TV widescreen (tela larga 16x9, em lugar da 12x9), que não tenho ainda, ou a HDTV, não disponível no Brasil, ou as enciclopédias eletrônicas? Como vivemos agora sem as coisas de daqui a 30 anos?

Vivemos, é claro, e de modo muito satisfatório.

O modelo diz que as pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) são sempre ricas/pobres, ou vice-versa, PORQUE foi identificado que ser pobre é não ter, e sempre não teremos, enquanto a riqueza é sempre relativa, e sempre haverá um maior. Eis aí uma fonte idiota de angústia, para quem a tem, para aqueles submetidos a ela.

Não éramos pobrezinhos, nem na Idade Média eram, nem em seis mil antes de Cristo – as pessoas eram ricas daquilo que tinham (esse é o otimismo, que aproveita; o pessimismo se chicoteia). Sempre somos ricos, se sabemos viver em alegria.

Vitória, quinta-feira, 26 de junho de 2003.

Nenhum comentário:

Postar um comentário