domingo, 5 de março de 2017


Gozo Feminino, Descarrego Masculino

 

                            Podemos pensar que as Psicologias (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias) gerais de homens e mulheres tenham evoluído ao mesmo tempo juntas e separadas. Separadas porque cada ente tem seu espaçotempo real ou sentido mediatizado pelas interpretações ou virtuais, os pensamentos, que são divergentes segundo as mentes distintas. Mas juntas, também, porque trocam info-controle ou comunicação porque devem viver juntos e assim admitir uma MÉDIA DE INTERESSES.

                            Como já disse, o sexo não é, para as almas ou psicologias ou racionalidades, o mesmo que é para as biologias ou corpos, pois o prazer humano é principalmente racional, de partilhar a racionalidade ou a humanidade (tanto assim que existe sexo grupal). E não é para as mulheres e para os homens a mesma coisa. Resumindo o que já ficou dito, para as mulheres é gozo, mas não sempre, como mostra a realidade, e para os homens é descarrêgo e sempre, por questões de utilidade, sendo diferentes prêmios. Do lado masculino a Natureza quer sempre, para fecundar o máximo de mulheres. Do lado feminino, há que recompensar as mulheres pela sujeição ao feto predador, pois evidentemente as mulheres não podem querer sempre, dado que engravidam e ficam em perigo crescente de zero a nove meses.

                            Isso nos garante que as PSICOLOGIAS DO GOZO e DO DESCARRÊGO devem ter abordagens diferentes, enquanto motivações (intenções), enquanto realizações (atos), enquanto terminações (clímax) e enquanto posteridades (depois). Essas quatro ETAPAS, períodos, devem ser sintanalisadas (analisadas e sintetizadas) com vagar, PARA UNS e PARA OUTRAS, pois são quatro para as mulheres e quatro para os homens, devendo, não obstante, estar juntas no momento de troca. As motivações das mulheres não são as mesmas motivações dos homens, mas isso não foi suficientemente estudado. As das mulheres terão necessariamente mais a ver com interpretações, enquanto as dos homens serão mais diretas, relativas aos sentidos, com muito poucas elucubrações ou derivações racionais. Enfim, os homens irão direto ao assunto, ao passo que as mulheres pensarão no antes, no durante e no depois, quer dizer, nas conseqüências.

                            Isso nunca foi pensado assim pelas academias (universidades, institutos, faculdades, escolas). Evidentemente, quando for, desse novo patamar de racionalização do sexo advirão muitas tecnartes de vendas e propagandas, significando muito para as economias (agropecuárias/extrativistas, industriais, comerciais, de serviços e bancárias). Os focos não podem ser os mesmos para homens e para mulheres. O foco principal dos homens é a rapidez e o descarrêgo, SEMPRE, ao passo que para as mulheres é o vagar, o detalhe, o estar sobre a proteção do protetor, do violento predador.

                            Vitória, quinta-feira, 31 de julho de 2003.

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