Falsa Informação
Fomos à farmácia e
como temos comprado sempre CENTRUM, um complexo vitamínico e de minerais de A a
Z, como diz a propaganda, perguntamos o preço. Do lado estava o CENTRUM SILVER
e quisemos saber a diferença, o rapaz explicando que era para pessoas de mais
de 50 anos (tenho 49). Qual a diferença? Tem essas coisas a mais. Por quê?
Porque o corpo humano a partir dessa idade não produz mais cromo e betacaroteno.
Rimos muito, Gabriel e eu, pois se não produz mais é porque nunca produziu.
Bastava dizer que a partir dessa idade o corpo humano precisa de tais ou quais
produtos, mas a pessoa está propensa a enganar e se o outro lado (como acontece
com 95 % da população brasileira) não detém as informações, é enganado. Isso é
trivial e não seria motivo para nos engajarmos neste diálogo e para escrever
este artigo.
A questão aqui é a
Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Normais, da estatística, e a
disposição de (2,5 + 47,5 + 47,5 + 2,5) %, como coloquei a soma zero no modelo.
Devem haver segundo esse raciocínio 2,5 % de mentirosos compulsivos e mesmo que
testes pudessem marcá-los isso seria eminentemente errado, para nós e muito
mais ainda para eles, o ser socialmente castigado. Mesmo erro monstruoso dos
nazistas ao colocar uma estrela de Davi nas roupas dos judeus nas vésperas da
Segunda Guerra Mundial.
Então, como fazer?
A disseminação
MÁXIMA da informação é a única saída.
Isso pede não apenas
educação formal continuada para TODOS os brasileiros como divulgação máxima de
informações pela mídia (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio e Internet),
especialmente de documentários tópicos (como já fazem as revistas de divulgação
científica para um público mais restrito), de forma que todos estejam com uma
MÉDIA INFORMACIOANAL de alto gabarito, e pelo menos a enganação mais simplória
possa ser evitada. A mídia deveria se oferecer ou ser contratada pelos
governempresas para isso, como a Globo já faz com algumas palavras da língua.
Vitória, sábado, 26
de julho de 2003.
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