sexta-feira, 3 de março de 2017


Estudando os Sonhos Públicos

 

                            Alguém já notou, escrevi sobre isso, que os romances são sonhos públicos, do que derivei muita coisa, e muito mais pode ser pensado.

                            Não apenas os romances, TODAS AS TECNARTES (são 22 as até agoraqui identificadas). As DA VISÃO (poesia, prosa, fotografias, desenhos, pinturas, danças, moda, etc.), as DO PALADAR (comidas, bebidas, temperos, pastas, etc.), as DO OLFATO (perfumaria, etc.), as DA AUDIÇÃO (músicas, discursos, etc.) e as DO TATO (urbanismo, arquiengenharia, cinema, teatro, decoração, esculturação, paisagismo/jardinagem, tapeçaria, etc.) para AS PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e OS AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundos).

                            Há as manifestações externa e a interna.

                            Na MENTE COLETIVA podemos supor três níveis, como Freud fez para a mente individual:

a)     ID COLETIVO (o inconsciente coletivo de que falava Jung, mas aqui noutros termos), inconsciente;

b)    EGO COLETIVO, consciente;

c)     SUPERERGO COLETIVO, superconsciente.

Para a família os indivíduos constituem as frações do ID e o grupo é o SUPERGO, o supereu que controla e administra as ações, e assim por diante. Ora, o coletivo SONHA PARA SUAS FRAÇÕES, e vice-versa. O mundo sonha para as nações e todo conjunto que esteja abaixo, e vice-versa.

O Cinema geral é um sonho, assim como a Fotografia, o Paisagismo e o resto todo. Acontece que a Academia não estudou os sonhos dos conjuntos, nem sequer viu isso, passou ao largo, desastradamente. Pelo contrário, seria fundamental estudá-los, especialmente os pesadelos. Com que sonham os conjuntos? Quais suas expectativas? Dado que os sonhos são planos de ação e de inação, é importantíssimo, é fundamental estudá-los atentamente.

Vitória, segunda-feira, 30 de junho de 2003.

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