sexta-feira, 3 de março de 2017


Descartes e Einstein

 

                            Richard H. Henneman, em seu livro, O Que É Psicologia, 17ª. Edição, Rio de Janeiro, José Olympio, 1989 (sobre original americano de 1966), diz na página 9:

                            “Os fenômenos mentais, no outro extremo, não têm extensão no espaço (não tem massa) e nem localização. As principais atividades da mente são recordar, raciocinar, conhecer e querer. Descartes afirmava que algumas atividades eram produtos resultantes da interação da mente com seu correspondente material, o corpo. Incluem elas a sensação, a imaginação e o instinto (impulsos para a ação) ”.

                            Descartes (René, francês, viveu de 1596 a 1650, apenas 54 anos entre datas – meio de vida em 1623), enquanto Einstein (Albert, judeu alemão, viveu de 1879 a 1955, 76 anos entre datas, meio de vida em 1917), distância entre os meios de vida de 294 anos, quase três séculos.

                            O que Descartes separou Einstein juntou novamente.

                            Pois, veja, se E = mc2 se segue que TUDO TEM MASSA, pois tudo tem energia, e a energia Descartes não negava. Se tem massa ocupa espaço (já que a definição de matéria e de massa é “tudo aquilo que ocupa espaço”) e se ocupa espaço tem localização. À reunião de energia e massa chamei SEGUNDA CHAVE DE EINSTEIN, pois a primeira é a reunião de espaço e tempo em espaçotempo. De fato, esta é a solução: que os pares estando unidos eles fatalmente se comunicam. Os pares confundem-se pelo centro, onde se encontram, e separam-se nas extremidades, que são muito menores, da ordem de 40 para um, no modelo.

AS ATIVIDADES PRINCIPAIS DA MENTE (segundo Descartes separadas do corpo)

·        Recordar

·        Raciocinar

·        Conhecer

·        Querer

AS ATIVIDADES SECUNDÁRIAS (em que o corpo estaria unido à mente)

·        Sensação

·        Imaginação

·        Instinto

Se há separação total entre mente e corpo no recordar, como é que o percebido pela sensação passa a memória e volta desta a ser ato? Se o raciocinar (pensar) não for unido à imaginação (formalização), como é que transformaremos tais “atos puros” de idealizar em imagens? Como é que colaremos palavras e imagens?

Evidentemente Descartes estava ao mesmo tempo certo e errado, como diz o modelo. Se não estivesse certo não haveriam as extremidades, os pares polares opostos/complementares, o completamente físico, sem pensamento, e o pensamento puro do UM, Deus. Por outro lado, está também errado, pois deve haver comunicação ou troca de potenciais pelo centro, isto é, balanceamento dos potenciais materiais e energéticos em materenergia.

Porém, por 300 ANOS, uma eternidade em termos de vidas humanas 10 gerações, Descartes mergulhou o mundo em confusão, até que Einstein pudesse reunir os pares (há uma terceira chave dele).

Vitória, quarta-feira, 02 de julho de 2003.

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