sexta-feira, 3 de março de 2017


Correndo Contra o Tempo

 

                            Quando eu tinha em torno de 15 anos estava escrevendo à máquina, uma Olivetti que era do José Anísio, um dos meus irmãos, e como meus braços começaram a doer me veio a visão de que quando mais velho eu teria aterosclerose (não sabia com certeza o que era, mas tinha idéia de que fosse entupimento das artérias) DEPOIS DOS 44 ANOS. Disse isso a meu pai e minha mãe, mas eles naturalmente diminuíram a questão.

                            Lá por 1992 foram detectados glicose e colesterol, e bem antes ácido úrico, de modo que a preocupação redobrou. Comecei o modelo, por razões já explicadas e porque não havia mais tempo a perder. Em 1994 deparei com a Rede Cognata (veja Rede e Grade Signalíticas, Livro 2) e passei a traduzir as palavras, de modo que tempo = DOENÇA = DESVIO, etc., e doente = DESVIANTE (se V é vazio) = VINAGRE (se V = B) = TONTO = DESESPERADO = DESESPERANÇADO, etc.

                            Mas em 1992 eu tinha 38, de modo que faltavam seis anos, e não me preocupei muito, até que em setembro de 2001 (quando abriram um processo totalmente forjado contra mim, ameaçando tirar DE UM A TRÊS SALÁRIOS, veja os volumes de correspondência) a pressão subiu, veio a isquemia de esforço (antigamente angina pectoris), a obstrução das artérias. Na minha visão a futura doença pareceu como “doença plástica”, o que não faz sentido, exceto se lermos plástico = SÓDICO, quer dizer, derivada do sódio, do sal de cozinha, uma doença relativa a pressão alta.

                            Dito e feito.

                            Agora, há outras visões: 1) vejo a Vera, mãe das crianças, deitada de costas para mim com os cabelos totalmente brancos, o que quer dizer um futuro largo; 2) meu filho de barba vermelha tomando cerveja no Davi em Jucutuquara, já com 23 anos (ele não pode beber, tem hiperglicemia reativa); 3) eu numa cadeira de rodas, muito magro; 4) eu com 127 anos; 5) vários de nós (inclusive a Vera, de quem sou separado) viajando de navio; 6) eu num cadeira de balanço num alpendre de casa de praia sendo visitado por personalidades importantes do mundo inteiro (como isso poderia ser?); 7) a gente morando numa casa tão imensa que seria como se uma montanha inteira estivesse ocupada, e assim por diante.

                            O que pensar dessas visões? Leia o artigo Visões, deste livro 36, e raciocine por si próprio.

                            Vitória, quinta-feira, 17 de julho de 2003.

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