Conhecimento no
Brasil
Em A Gazeta de 12 de julho de 2003
Joelmir Betting escreveu em sua coluna que o Brasil tem 180, a Argentina 700 e
os EUA 3.800 cientistas por milhão de habitantes. As populações respectivas
eram respectivamente de 173,0 (estimativa), 37,5 e 285,9 milhões em 2001,
segundo a fonte, Almanaque Abril 2002.
POSIÇÃO
DEPAUPERADA DO BRASIL
NÚMERO/PAÍS
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ARGENTINA
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BRASIL
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EUA
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ABSOLUTO
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26 mil
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31 mil
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1.086 mil
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RELATIVO
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700/106
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180/106
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3.800/106
|
Repare que o Brasil, mesmo tendo 4,6
vezes a população da Argentina, está dentro da mesma ordem de grandeza no
número de cientistas, sem falar de técnicos, no vértice tecnocientífico do
Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia,
Ciência/Técnica e Matemática), embora possamos ter até demais dos outros,
especialmente ideólogos ou políticos. Os EUA passam longe dos dois: 42 vezes a
Argentina e 35 vezes o Brasil. Não admira mesmo nada que os prêmios Nobel e
outros se dirijam em sua grande maioria para os EUA, quase nenhum para a Argentina
e certamente nenhum para o Brasil! Segundo eu soube tempos atrás, a Índia teria
30 mil FÍSICOS, sem contar os outros.
Em nenhuma parte do mundo foi feito um
levantamento completo dos vértices todos do Conhecimento, até porque o modelo
ainda não é conhecido, mas pelo menos por esses poucos dados podemos ver quão pouco
(inclusive do PT e o Lula em particular) as elites se preocupam com a
libertação do povo e do país das amarras do atraso, ficando apenas nas
declarações infrutíferas que PROMETEM as revoluções. A revolução mais
importante, a da tecnociência, não vem nunca para os povos da periferia,
especialmente este periférico Brasil.
Vitória, quarta-feira, 16 de julho de
2003.
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