quinta-feira, 2 de março de 2017


Conhecimento no Brasil

 

                            Em A Gazeta de 12 de julho de 2003 Joelmir Betting escreveu em sua coluna que o Brasil tem 180, a Argentina 700 e os EUA 3.800 cientistas por milhão de habitantes. As populações respectivas eram respectivamente de 173,0 (estimativa), 37,5 e 285,9 milhões em 2001, segundo a fonte, Almanaque Abril 2002.

POSIÇÃO DEPAUPERADA DO BRASIL        

NÚMERO/PAÍS
ARGENTINA
BRASIL
EUA
ABSOLUTO
26 mil
31 mil
1.086 mil
RELATIVO
700/106
180/106
3.800/106

Repare que o Brasil, mesmo tendo 4,6 vezes a população da Argentina, está dentro da mesma ordem de grandeza no número de cientistas, sem falar de técnicos, no vértice tecnocientífico do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), embora possamos ter até demais dos outros, especialmente ideólogos ou políticos. Os EUA passam longe dos dois: 42 vezes a Argentina e 35 vezes o Brasil. Não admira mesmo nada que os prêmios Nobel e outros se dirijam em sua grande maioria para os EUA, quase nenhum para a Argentina e certamente nenhum para o Brasil! Segundo eu soube tempos atrás, a Índia teria 30 mil FÍSICOS, sem contar os outros.

Em nenhuma parte do mundo foi feito um levantamento completo dos vértices todos do Conhecimento, até porque o modelo ainda não é conhecido, mas pelo menos por esses poucos dados podemos ver quão pouco (inclusive do PT e o Lula em particular) as elites se preocupam com a libertação do povo e do país das amarras do atraso, ficando apenas nas declarações infrutíferas que PROMETEM as revoluções. A revolução mais importante, a da tecnociência, não vem nunca para os povos da periferia, especialmente este periférico Brasil.

Vitória, quarta-feira, 16 de julho de 2003.

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