quarta-feira, 1 de março de 2017


Aula de Arqueologia

 

                            Seguindo Koestler o modelo pede que tudo seja hólon (de holo, todo, e on, parte, ou partodo ou todoparte, como chamei no modelo), as partes e o todo formando unidade e diversidade.

                            Assim sendo, as aulas de arqueologia deveriam seguir critérios duplos, de apresentação das partes, de cada investigação particular, segundo estratos (digamos, faixas de 30, 20, 10, 5 anos), mostrando em todo o globo onde foram feitas as escavações, de quando a quando, onde foram expostos os resultados, quem financiou, com que parte ficou, quando se tornou propriedade do país onde foram realizadas as escavações, quem participou das expedições, quem era o chefe, a preparação, o trabalho de reparação dos objetos, o valor presumido das peças, a modificação da História geral.

                            E também o curso de arqueologia, desde o início, desde os primeiros anos da formação universitária, mestrado, doutorado, pesquisa de campo, desenvolvimento de aparelhos, máquinas, programas necessários. Cuidados da busca, transporte das peças, os filmes sobre arqueologia (inclusive ficção, como Indiana Jones, que tanto fez pela matéria), livros, enciclopédias, verbetes dicionarizáveis, museus, fontes privadas e públicas de financiamento, requisitos do pedido, instituições que estão empenhadas, os sítios mais visados, a modificação da percepção-de-mundo quanto ao passado geo-histórico da Terra - há muito a mostrar.

                            Poderiam ser feitas fitas, CD’s, CD’s-ROM como documentários, seguindo as regras do TODOPARTE, apresentando o todo e a parte simultaneamente, dando idéia de conjunto e do pipocar exponencial das buscas – como era no início e como é mais recentemente (com os avanços projetados).

                            Enfim, há muito por fazer, sendo a Arqueologia geral tão bela.

                            Vitória, quarta-feira, 02 de julho de 2003.

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