Um Povo Deprimido
Depois de ter tido
um arranco extraordinário de 1150 a 1550 houve um rompimento em Portugal e o
país mergulhou nas sombras, desde então até por volta de 2000, na realidade até
a Revolução dos Cravos, pelos lados de 1975. O que deprime todo um país?
Por exemplo, a
Argentina, que mostrou os danos da ditadura local, mergulhou na autocomiseração
e no autoflagelamento, ao passo que o Chile e o Brasil, que esconderam, não
caíram na fossa.
Durante a ditadura
salazarista (Antônio de Oliveira Salazar, 1889 a 1970, homem forte de Portugal
desde 1933, ditador até 1968) o país ficou mais deprimido que nunca, mergulhado
numa paradeira de dar dó. Foi o fundo do poço, termo daqueles 450 anos que os
acadêmicos não observaram atentamente, muito menos comparando as ditaduras como
fenômeno nacional de perda de interesse, de disforia, de prostração mesmo,
equivalente ao das pessoas. Em que medida isso contamina toda a Psicologia
(figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias,
organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias), em particular
infecta a Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e
bancos)? Que germes psicológicos são esses que contaminam as pessoambientes
(PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos, empresas; AMBIENTES:
municípios/cidades, estados, nações, mundos)?
Como curá-los, como
preveni-los, vaciná-los?
Os acadêmicos perdem
tempo com porcarias, furtando-se às perguntas fundamentais.
Vitória,
quarta-feira, 25 de junho de 2003.
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