Superestado
Confuciano
No livro Taoísmo, O Caminho do Místico, São
Paulo, Martins Fontes, 1984 (original americano de 1972), p. 58, o autor, J. C.
Cooper, diz: “Do mesmo modo como Lao Tzu rompeu com a sofisticação e o
artificialismo de seu tempo, mais tarde o maior seguidor e expoente de suas
doutrinas lutou contra o convencionalismo e o cerimonialismo excessivos, que
Confúcio deixara impregnados na vida pública e privada chinesas”.
Os governempresas
pós-contemporâneos, desta Era que começou com a Queda da URSS em 1991, devem
juntar gente em grupos meio-evidentes meio-ocultos e dar-lhes “verbas
desaparecidas”, verbas que não deixem trilhas, para vigiar os estados, de forma
a que eles não congelem em parte alguma em sofisticação excessiva, em
artificialismo doentio, em convencionalismo anquilosado, em cerimonialismo
superficialíssimo.
A luta é a de
sempre.
Evidente que o ciclo
é inescapável e o Tao oriental, a dialética ocidental e o modelo aconselham o
não-forçamento, de modo a não armar a mola ou tensor dialético, mas mesmo assim
pode-se agir nas sombras, brandamente, de modo a diminuir o tamanho absoluto da
seta ou de maneira a preparar a volta do contrário. Uma escola antiestado deve ser desenvolvida,
como já mostrei no modelo, a chamada “escola da antinação”, que promova a
dissolução dela, de modo a que ela não vá trazer dor excessiva ao gênero
humano.
Agora mesmo,
enquanto estou escrevendo, os EUA começaram a congelar, caminhando para as
dinastias no poder, mercê do ataque externo (que, creio, foi forjado) que
levará à militarização e à assunção de homens fortes que engolfarão a nação em
pérfidas disputas internas e irão manietá-la progressivamente. Quando tal
aconteça, aqui ou acolá, as forças vivas devem ser levadas a outros lugares,
por exemplo, a fronteiras externas ou internas, onde possam se desenvolver e
reintroduzir os vetores da liberdade.
Vitória,
quarta-feira, 25 de junho de 2003.
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