sexta-feira, 3 de março de 2017


Sistemas Galácticos

 

                            Em seu livro, O Universo, Lisboa, Edições 70, 1987 (sobre original francês de 1955), os autores Paul Couderc e Jean-Claude Pecker mostram na página 21 várias galáxias típicas elipsóides, que vão de E0 a E7, daí derivando as outras, S, em espiral, A, anêmicas, mostradas como L, lenticulares (que constituem as vistas superiores das outras), que evoluem também, e daí espirais barradas, irregulares, de rádio-fontes intensas.

                            Devemos ter mecanismos muito simples, além dos quais estão as composições = COMPLEXAS, na Rede Cognata (veja Livro 2, Rede e Grade Signalíticas), e tais mecanismos devem ser os mesmos PARA TUDO na macropirâmide: planetas, sistemas estelares, constelações, galáxias, aglomerados, superaglomerados, universos dentro do pluriverso, postas as escalas saltadas de tempo, em potências de 10, em degraus de centenas de milhões ou bilhões de anos.

                            O modo de criar um sistema solar não deve ser diferente do modo de compor de um sistema galáctico. Todas essas galáxias provêm de uma mesma fonte, que devemos imaginar operando em seqüência. Em lugar de pó e gás nos sistemas estelares devem ter estrelas e suas coortes de objetos.

                            Certo que E0 evolui para E7. Primeiro começa como uma nuvem globular galáctica e vai arremessando estrelas para a periferia, segundo o princípio da gravinércia (inércia que é movimento linear, para frente sempre, força centrífuga, e gravidade que é movimento circular, ao redor e para o centro, força centrípeta), movimento circunlinear, como pede o modelo. Veja uma esfera que vai se alongando no equador, expulsando os materiais, tanto para os sistemas estelares quanto para os galácticos, com a diferença de que no primeiro é o conjunto de pó e gás e no segundo estrelas e seus acompanhantes, muito mais maciços e mais difíceis de mover, em razão da inércia muito maior. As galáxias espirais e as anêmicas são as mesmas, vistas de cima como lenticulares. As fontes de rádio são resultados da explosão de galáxias como buracos brancos (que eram pouco antes buracos negros centrais, de alguns milhões a bilhões de massas solares) que rebentam em supernovas, sendo as fontes de rádio ou quasares os resultados. Ao explodir ejetam AS MASSAS ESTELARES para longe, como uma nova estelar (novestrela) faria com os planetas, satélites, cometas, pós e gases, criando uma nuvem globular estelar, donde surgiriam novas estrelas do zero. No caso das galáxias, já que elas são muito maiores e as estrelas imensamente maiores que os planetas, elas sobrevivem, em sua maior parte, torradas que sejam, mas vivas, formando as barradas e as estrelas irregulares de todos os tipos.

                            Agora, como já disse na seqüência do modelo, e os pesquisadores já definiram muito antes, no centro das galáxias formam-se buracos negros de massas que vão de poucos milhões, como no centro da Via Láctea, equivalente a 30 milhões de massas solares, até outras que contém cinco bilhões delas. As explosões serão tanto mais formidáveis quanto maior esse depósito no buraco negro central. No caso desse de cinco bilhões de MS o universo inteiro sentiria o peso, se o BN (buraco negro) não for estável, explodindo subseqüentemente como BB (buraco branco ou supernova, restando um quasar no lugar).

                            E o que são os braços ou espiras?

                            São ejeções de estrelas, que irão formar buracos negros menores à guisa de planetas, como se resultassem planetas. Na nuvem globular galáctica o centro se torna o BNC, buraco negro central, e a periferia, a superfície da esfera ideal, os BN-planetas. Imagine uma fita cuja ponta, suposta na frente, para fora, segue a traseira, suposta para dentro; as estrelas da ponta estão amarradas gravitacionalmente às seguintes e assim por diante, mantendo a fita conexa. Os braços começam a girar ao redor do BNC (que surgiu do centro de massa do sistema), e podemos ver que as partes de trás são as mais exteriores, cuja massa deve ser maior e mais difícil de arrastar, à medida que anda para frente e ao redor, circulando-andando, circulandando em volta do BNC. O programa de computador não deve ser difícil de fazer. A fita começa a contorcer em volta do BNC, mas a extremidade, exterior, resiste ao contínuo puxão. Na medida em que, num futuro muito distante, o BNC continuando estável, as fitas encontrarem seu lugar nas órbitas próprias de tensão gravinercial mínima (como cada planeta no SS), constituirão os buracos negros satélites ou planetários, os BN-planetários, porque as estrelas começarão a atrair umas às outras DENTRO DA FITA, juntando-se toda a massa num mesmo ponto, à medida que umas forem se adiantando e outras atrasando, rumo ao que será o futuro centro. Veríamos então um SISTEMA GALÁCTICO muito semelhante aos sistemas estelares PORQUE O MECANISMO É UM SÓ. Buracos negros rodeando buracos negros, os pequenos em volta rodeando o grande central, em relação de massas aproximada, guardadas as proporções, deste sistema solar que temos à nossa disposição, ou seja, o Sol com mil vezes ou mais a massa do BN-Júpiter, ou dois BN-estrelas rodeando um ao outro como binários, ou trinários ou o que for. Vai ver que existem no universo, ou existirão, buracos negros com bilhões de massas rodeando um ao outro, com um enxame de estrelas à volta, a ponto de mergulhar no horizonte.

                            Vitória, terça-feira, 01 de julho de 2003 (no que seria o aniversário de meu irmão assassinado, Ary).

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