sexta-feira, 3 de março de 2017


Os Descendentes de Liebig

 

                            No livro Os 100 maiores Cientistas da História, Rio de Janeiro, Difel, 2002, p. 220 e seguintes, colocado na 36ª posição, John Simmons fala de “Justus Liebig & a Química do Século XIX”. Nas páginas 222/3, diz:

                            “Em meados da década de 1830, Liebig havia se estabelecido como a maior força da química na Alemanha. Publicava uma importante revista de química, os Annalen der Chemie und Pharmacie, e tinha uma posição acadêmica que atraía estudantes de toda a Europa. O governo, ciente de seu crescente significado, concordou rapidamente com as demandas de Liebig para um orçamento maior. Seu bem equipado laboratório em Geissen tornou-se a Meca para os jovens químicos que aprendiam os métodos de Liebig e lodo se engajavam em pesquisas originais. Liebig oferecia a seus alunos uma série de conferências para orientá-los em sua teoria e método de análise e, em seguida, dava uma introdução ao trabalho de laboratório. Cerca de 450 químicos e mais de 300 farmacêuticos foram treinados em Geissen”.

                            Justus Liebig era de Frankfurt, Alemanha, nasceu em 1803 e morreu em 1873, 70 anos entre datas.

                            Você leu que formou 750 ou mais químicos e farmacêuticos, que são químicos do corpomente humano. A Química alemã tornou-se, depois disso, mas com contribuição de muitos outros, evidentemente, inclusive com as experiências feitas com os judeus na Segunda Guerra, poderosa e respeitada (o que não quer dizer que devemos recomendar experiências com seres humanos, sejam judeus ou não – isso será uma mancha eterna na vida dos alemães). As empresas alemãs tornaram-se as mais eficientes de todas, fora algumas americanas, por mais de 150 anos, e ainda são, em parte devido a essa multiplicação de Liebig.

                            Assim sendo os químicos, que são descendentes dele como de outros, deveriam se reunir no aniversário dele (e de outros) para comemorar os nascimentos de todos os pais da Química, pois são legítimos descendentes intelectuais deles todos.

                            As vidas humanas são bem curtinhas, mas veja só o que se pode com dedicação fazer em pouco mais de 60 anos (pois se deve descontar os sete anos de inconsciência).

                            Vitória, terça-feira, 01 de julho de 2003.

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