sexta-feira, 3 de março de 2017


Afrontas

 

                            As pessoas que estão dentro sempre se justificam, enquanto as que estão fora querem entrar, tanto nas mamatas quanto em qualquer grupo de benefício, menos em cemitérios. Entretanto, quem está MUITO DE FORA em relação à racionalização pode desalienar-se e colocar uma visão alternativa em relação ao erro geral.

                            Estou falando agoraqui dos carros.

                            Eles trafegam com um indivíduo apenas, quando existem lugares para quatro ou cinco. O peso do veículo é geralmente de mais de uma tonelada para transportar 4 x 70 = 280 ou 5 x 70 = 350 kg. Contudo, essa uma tonelada leva quase sempre apenas 70 kg, na desproporção de 1.000/70 = 14/1 ou mais. Estamos trabalhando CONTRA A NATUREZA FÍSICA ao gastar desproporcionalmente energia, no caso combustível, gasolina ou álcool ou óleo, quando poderíamos perfeitamente ter veículos para uma pessoa apenas, inteiramente proporcional, dentro de nossas possibilidades tecnocientíficas. Um mínimo de envoltório que possibilitasse o transporte do indivíduo. Carros de uma cadeira só, como propus, e já estão surgindo por aí, embora não do mesmo modo.

                            Vejamos o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), nele a pontescada tecnocientífica, nela a pontescada científica: Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/P.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6. Estamos afrontando o mundo não apenas em termos físico-químicos e biológicos-p.2 quanto também psicológicos-p.3, pois as criaturas sofrem com esse sobre-uso da matéria e da energia. Onde deveríamos estar poupando ou distribuindo para mais gente, nossas imperfeitas tecnociências psicológicas/p.3 estão a desejar, e não é pouco, ao afrontarem o mundo tão acintosamente.

                            O que esse uso desmedido pode trazer de bom?

                            Uma relação negativa de 14/1 irá nos ajudar em algo?   

                            É difícil de crer.

                            Vitória, quinta-feira, 24 de julho de 2003.

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